Esporte em Tempos de Covid-19: Alerta ao Coração

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Cardiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

RESUMO Esse artigo contribui para estudos sobre o lado obscuro da digitalização, com base no conceito de capitalismo de vigilância para analisar o papel dos indivíduos nas organizações digitais na realização de atividades conhecidas como crowdsourcing. Embora exista um discurso de empoderamento e trocas de interesses mútuos entre organizações e indivíduos por meio do crowdsourcing, a transformação de sistemas de computador nos chamados 4.0 ou Industry 4.0 também parece ter mudado seu papel nas organizações digitais. Essas pessoas começaram a se analisar a partir dos dados que produzem, e não mais de seus desejos, aproximando-se dos sensores dessas organizações. Usando o método de estudo de caso, analisamos o conteúdo das home pages da plataforma Netflix, Facebook e Google, bem como seus termos de serviço e políticas de privacidade. A maneira como os usuários participam dessas plataformas é analisada, bem como a maneira como seus dados são explorados e o motivo dessa exploração contínua de dados. Argumentamos que essa exploração afasta o conceito empoderador e participativo de crowdsourcing e aborda o conceito passivo dos indivíduos como sensores ou detecção coletiva. Essa abordagem, em vez de tratar os indivíduos como singulares, quantifica e classifica sua singularidade para satisfazer os desejos controladores das estruturas organizacionais hegemônicas, limitadas pelo discurso capitalista ou pelo capitalismo de vigilância.

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