Espécies leguminosas e forrageiras, solteiras ou consorciadas com milho, na sucessão soja-milho no centro-oeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Ciênc. Solo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-02

RESUMO

A viabilidade do plantio direto no Cerrado brasileiro depende da produção adequada de palha das culturas, que pode ser aumentada pela consorciação de milho (Zea mays L.) com uma espécie forrageira. O trabalho foi implantado em março de 2005 com o objetivo de avaliar a produtividade de resíduos das espécies e de grãos de soja (Glycine max L. Merrill) e de milho safrinha em sucessão. Foram avaliados tratamentos de milho safrinha consorciado com Brachiaria (Urochloa) brizantha cv. Marandu, B. decumbens cv. Basilisk, B. ruziziensis cv. comum, Panicum maximum cv. Tanzânia, crotalaria juncea (Crotalaria juncea L.), guandu [Cajanus cajan (L.) Millsp], e também o sorgo (Sorghum bicolor L. Moench), a B. ruziziensis e o milho safrinha solteiro. Em outubro de 2005, as espécies foram dessecadas com glyphosate e a soja semeada. Após a colheita de soja em março de 2006, o milho safrinha foi cultivado em área total. O rendimento de grãos e palha de milho não foi influenciado pela espécie em consórcio. A massa seca da parte aérea foi maior quando o milho foi consorciado com Tanzânia (10,7 Mg ha-1), Marandu (10,1 Mg ha-1) e Ruziziensis (9,8 Mg ha-1) do que com o milho solteiro (4,0 Mg ha-1). Nos tratamentos consorciados, houve aumento na porcentagem de solo coberto com os resíduos vegetais. O rendimento de grãos de soja e milho safrinha em sucessão foram maiores na ruziziensis solteira e no milho safrinha consorciado com ruziziensis. O cultivo de milho safrinha consorciado com Brachiaria spp. ou com Panicum spp. aumenta a produção de resíduos culturais, preserva os nutrientes no solo sem reduzir a produtividade do milho e viabiliza o plantio direto no Centro-Oeste do Brasil.

ASSUNTO(S)

cerrado plantio direto biomassa cobertura do solo

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