Espaço fluido

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O termo Espaço Fluido está sendo por mim proposto para pensar obras que, ao serem instaladas, incorporam o espaço de apresentação, bem como o espectador. A realização de propostas artísticas a partir de sua relação específica com o lugar vem se apresentando, desde o final dos anos 50, constituindo-se fundamental para a inserção e a experiência do espectador. A formulação do termo partiu da minha própria produção artística e de outros artistas, que presenciamos a concreção da obra através da integração de movimentos, ações e usos . Tomando como referência textos dos artistas Robert Morris, Richard Serra e Hélio Oiticica, escritos entre os anos 1960 e 1970, abordam-se questões que se aproximam de uma condição de mobilidade, ou seja, a maneira como a obra se modifica ao integrar-se ao espaço expositivo. Acrescida a esta condição há a idéia do não-intencional abordada pelo compositor John Cage, como indeterminação que se apresenta como processo poético, aberto à criação e incorporado à obra. A estrutura viva, apresentada pelo crítico Guy Brett, em que o movimento é pensado como propulsor de ações no corpo do espectador também adere-se e reforça a idéia de fluidez que surge pela participação. Neste sentido, o espaço-obra surgirá a partir da escolha do lugar, seguido da ativação promovida pelo espectado

ASSUNTO(S)

mobilidade espaço (arte) fluid space surrounding space espectador spectator espaço fluido espaço de apresentação mobility artes

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