[Escherichia coli multirresistente isolada de cão com histórico de urolitíase: relato de caso]

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Med. Vet. Zootec.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-05

RESUMO

RESUMO A resistência bacteriana aos antibióticos é uma realidade, tanto na saúde humana quanto veterinária, limita o arsenal terapêutico e eleva os custos relacionados ao tratamento do paciente. Um cão, com sinais de cistite, recebeu tratamento com enrofloxacina, na dose de 5mg/kg, em três momentos seguidos, com baixa efetividade. Identificou-se presença de urólitos uretrais e foi feita uro-hidropropulsão. O animal apresentou nova obstrução, para a qual foi realizada uma cistotomia, mas continuou com sinais de infecção. Realizou-se, então, urocultura e teste de antibiograma. Foi identificada Escherichia coli, que se mostrou resistente a 13 antibióticos, sendo sensível somente à piperacilina-tazobactam e amicacina. No teste de triagem para β-lactamase, detectou-se a produção de ESβL. A qPCR indicou presença dos genes blaCTXm, blaDHA, blaOXA, blaIMP, blaTEM, blaGIM, blaSIM, blaSPM e blaSME, que podem conduzir um perfil fenotípico de resistência para ampicilina, amoxicilina-ácido clavulânico, aztreonam, cefepima, cefoxitina, cefuroxima, ceftazidima, ceftriaxona, imipenem, piperacilina-tazobactam. Este caso reafirma o valor que a análise laboratorial agrega ao diagnóstico e tratamento da cistite e da urolitíase, podendo definir o sentido de evolução do prognóstico e a velocidade em que a saúde do paciente será restabelecia.

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