Escalas de Ramsay e Richmond são equivalentes para a avaliação do nível de sedação em pacientes gravemente enfermos
AUTOR(ES)
Mendes, Ciro Leite, Vasconcelos, Lívia Carolina Santos, Tavares, Jordana Soares, Fontan, Silvia Borges, Ferreira, Daniela Coelho, Diniz, Lígia Almeida Carlos, Alves, Elayne Souza, Villar, Erick José Morais, Albuquerque, César de Farias, Silva, Sérgio Luz Domingues da
FONTE
Revista Brasileira de Terapia Intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-12
RESUMO
OBJETIVO: O objetivo principal deste estudo foi comparar o desempenho das escalas de sedação de Ramsay e Richmond em pacientes críticos sob ventilação mecânica em um hospital universitário. MÉTODOS: Estudo prospectivo onde foram incluídos todos os pacientes sob ventilação mecânica com pelo menos 48 horas de internação, durante quatro meses, totalizando 45 pacientes. Foram avaliados diariamente a modalidade de sedação, dose dos sedativos e analgésicos e o nível de sedação através das escalas de Ramsay e Richmond. O teste T de Student, os índices de correlação de Pearson e Spearman, e a elaboração de curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) foram utilizados para a análise estatística. RESULTADOS: A mortalidade geral observada foi de 60%. Nesta série, o tempo de sedação e a dose de sedativos utilizada não se correlacionaram com a mortalidade. Sedação profunda (Ramsay > 4 ou Richmond < -3) correlacionou-se positivamente com uma maior probabilidade de morte, com uma área sob a curva (ASC) > 0,78. Níveis adequados de sedação (Ramsay 2 a 4 ou Richmond 0 a -3) correlacionaram-se sensivelmente à probabilidade de sobrevivência, com uma ASC > 0,80. Em 63 evoluções (8,64%) foram observados níveis baixos de sedação, porém não se evidenciou nenhuma correlação entre a ocorrência de agitação e prognósticos desfavoráveis. Houve uma boa correlação entre as escalas Ramsay e Richmond (Pearson > 0,810 - p<0,0001). CONCLUSÃO: Neste estudo, as escalas de Ramsay e Richmond mostraram-se equivalentes para a avaliação de sedações profunda, insuficiente e adequada e ambos demonstraram boa correlação com mortalidade em pacientes excessivamente sedados.
ASSUNTO(S)
sedação profunda respiração artificial monitorização fisiológica cuidados intensivos unidades de terapia intensiva hipnóticos e sedativos
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