Erro de administração de medicamentos anti-infeciosos por omissão de doses

AUTOR(ES)
FONTE

Acta paul. enferm.

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/12/2019

RESUMO

Resumo Objetivos: Mensurar a taxa de erro de administração de medicamentos anti-infeciosos por omissão de doses em Unidade de Terapia Intensiva Adulto. Métodos: Estudo descritivo, transversal e prospectivo, realizado nos meses de outubro e novembro de 2018, em Unidade de Terapia Intensiva adulto de um Hospital de Ensino do Distrito Federal. A amostra foi por conveniência e foram registrados o número de medicamentos prescritos e o número de omissões de doses das prescrições em dois formulários. Os medicamentos foram classificados conforme o Anatomical Therapeutic Chemical Code. Realizada análise estatística com regressão logística e testes para proporções. Resultados: Coletaram-se informações de 7.140 medicamentos prescritos e foram identificadas 310 omissões de doses, correspondendo a 4,34% de taxa de erro na administração de medicamentos em geral. A amostra continha 711 anti-infeciosos (9,95%), e nestes ocorreram 48 omissões de doses, correspondendo a 6,75% de taxa de erro por omissão de doses. Entre os anti-infeciosos, o maior número de omissões foi nos carbapenêmicos (n=13; 27,08%), prescritos para serem ministrados por via intravenosa (n=38; 79,16%) e no horário das 20h (n=10; 20,83%). Conclusão: A taxa de erro de administração por omissão de dose dos anti-infeciosos foi alta, maior que entre os demais medicamentos, mais frequente pela via intravenosa e nos horários próximos às trocas de turnos. Barreiras de segurança devem ser implementadas, como a tripla checagem das doses – na farmácia, no recebimento na UTI e na administração propriamente dita, além de aprazamento adequado, educação permanente e treinamento em uso seguro de medicamentos.Abstract Objectives: To measure anti-infective medication administration errors by dose omission in an adult intensive care unit. Methods: A descriptive, cross-sectional, and prospective study, carried out in October and November 2018 in an adult intensive care unit of a teaching hospital in the Federal District, Brazil. The sample was one of convenience. The numbers of prescribed medications and dose omissions were registered on two forms. The medications were classified according to the Anatomical Therapeutic Chemical Code. Data were treated statistically by applying logistic regression and tests for proportions. Results: Information on about 7,140 prescribed medications was gathered, and 310 dose omissions were identified, which corresponded to a 4.34% error rate in the administration of medications in general. The sample used 711 anti-infective drugs (9.95%), which were associated with 48 dose omissions, yielding a 6.75% error rate. Among the anti-infective medications, the highest number of omissions was in the group of carbapenems (n=13; 27.08%), to be administered intravenously (n=38; 79.16%) and at 8 pm (n=10; 20.83%). Conclusion: The anti-infective medication administration error rate by dose omission was significant and higher than for the other groups of drugs, showing a higher incidence using the intravenous route and at times approaching changes of shifts. Safety barriers must be implemented, such as dose triple-checking (at the pharmacy, when the medication is received at the intensive care unit, and at the time of administration). Additionally, adequate drug scheduling, continuing education, and training programs for safe use of medications can be useful for preventing these errors.

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