Erotismo, mercado e gênero: uma etnografia dos sex shops de São Paulo
AUTOR(ES)
Gregori, Maria Filomena
FONTE
Cadernos Pagu
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-06
RESUMO
As ideias deste artigo têm como propósito aprofundar a discussão sobre mercado erótico (produção, comercialização e consumo de bens eróticos) e pensar, de um lado, suas conexões mais gerais com o mercado, ou seja, com uma lógica cuja operação implica a produção de diferenças a partir da oferta de bens e serviços; de outro lado, analisar as articulações dessa oferta no registro dos produtos eróticos, partindo do suposto de que os objetos buscados e valorizados seriam os que justamente realçam a diferença e a transgressão. Ao lado da discussão teórica, o artigo traz uma etnografia dos sex shops na cidade de São Paulo. Na direção inversa das visões que tendem a tomar o mercado ora como mero reflexo de demandas sociais ora como força manipuladora diante da qual o consumidor é passivo, assiste-se a criação de nichos de sex shops que configuram um processo de constituição de novas posições diante da sexualidade, ampliando o escopo de escolhas e práticas sexuais, sobretudo, para as mulheres.
ASSUNTO(S)
erotismo mercado erótico sex shops gênero
Documentos Relacionados
- "Frango com frango é coisa de paulista”: erotismo, deslocamentos e homossexualidade entre Recife e São Paulo
- GREGORI, Maria Filomena. 2016. Prazeres perigosos: erotismo, gênero e limites da sexualidade.
- Uma etnografia dos ricos em São Paulo
- Mercado de trabalho e gênero: comparações internacionais
- Gênero e erotismo: etnografia de um clube de mulheres no Rio de Janeiro.