Epidemiologia molecular de um surto de bacteriemia por Enterobacter cloacae e Enterobacter agglomerans ocorrido na região de Campinas, São Paulo, Brasil

AUTOR(ES)

GONÇALVES, Célia R., VAZ, Tania M.I., LEITE, Daniela, PISANI, Beatriz, SIMÕES, Marise, PRANDI, Maria Angela M., ROCHA, Marilu M.M., CESAR, Paulo C., TRABASSO, Plinio, NOWAKONSKI, Angela von, IRINO, Kinue

FONTE

Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2000-02

RESUMO

Foram estudadas um total de 73 cepas (57 de E. cloacae e 16 E. agglomerans), isoladas durante um surto de bacteriemia ocorrido na região de Campinas, S. Paulo. Entre estas cepas, 61 foram isoladas de solução de nutrição parenteral, 9 de sangue, 2 de bolsa fechada de solução de nutrição parenteral e uma era de origem desconhecida. Entre as 57 cepas de E. cloacae, a maioria das cepas foram do biotipo 26/sorotipo O3 (39 cepas) e do biotipo 26/OR (13). Entre as 39 cepas de E. cloacae ribotipadas, 87,2% apresentaram o mesmo padrão de bandas com EcoRI e BamHI. Cepas de E. cloacae pertencentes ao mesmo biotipo, sorotipo e ribotipo não apresentaram diferenças significativas em relação ao padrão de sensibilidade aos agentes antimicrobianos. Todas as cepas de E. agglomerans, independente da origem, pertenciam ao mesmo ribotipo após a clivagem com EcoRI e BamHI. Os resultados obtidos sugerem uma contaminação intrínseca das soluções de nutrição parenteral, incriminando-as como o veículo de transmissão dos agentes etiológicos do surto.

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