Epidemiologia e perfil de impacto das doenças sexualmente transmissíveis atendidas num centro de saúde especializado de janeiro de 1999 a dezembro de 2009
AUTOR(ES)
Fagundes, Luiz Jorge, Vieira Junior, Elso Elias, Moysés, Ana Carolina Marteline Cavalcante, Lima, Fernão Dias de, Morais, Fátima Regina Borges de, Vizinho, Natalina Lima
FONTE
An. Bras. Dermatol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-08
RESUMO
FUNDAMENTOS: As Doenças Sexualmente Transmissíveis continuam sendo consideradas um grave problema de Saúde Pública no Brasil e no Mundo.OBJETIVO: Conhecer a epidemiologia de um serviço de saúde público brasileiro especializado em Doenças Sexualmente Transmissíveis e o perfil de impacto das principais doenças diagnosticadas nesse serviço.MÉTODO: Realizou-se a avaliação epidemiológica, clínica e laboratorial de 4.128 pacientes atendidos num ambulatório especializado em Doenças Sexualmente Transmissíveis, no período compreendido entre janeiro de 1999 a dezembro de 2009.RESULTADOS: Houve predomínio dos pacientes do sexo masculino (76%) em relação aos do sexo feminino (24%); da raça branca (74,3%) sobre as raças parda (14,8%), negra (10,8%) e amarela (0,1%). A ocorrência das Doenças Sexualmente Transmissíveis foi maior na faixa etária de 20 a 29 anos, com 46,2%. Na população estudada, 34,7% dos pacientes completaram o ensino médio, 8,7% o curso superior e 0,8% eram analfabetos. Em relação à orientação afetivo-sexual, 86,5% eram heterossexuais, 7,8% se relacionavam somente com pessoas do mesmo sexo e 5,5% bissexuais. Em relação a prática sexual nos últimos 30 dias, 67,7% declararam ter mantido relação sexual com apenas um parceiro, 8,6% com dois e 3,9% com três ou mais parceiros. As Doenças Sexualmente Transmissíveis de maior incidência foram o condiloma acuminado com 29,4% dos diagnósticos, a candidose genital com 14,2% e o herpes genital, com 10,6% dos casos. Dos 44,3% dos pacientes que realizaram o teste sorológico para detecção do HIV, 5% obtiveram resultado positivo, com razão de 6,8 homens para 1 mulher.CONCLUSÃO: As Doenças Sexualmente Transmissíveis mantêm alta prevalência no Brasil, sendo necessário investir na detecção precoce, prevenção e tratamento adequado.
ASSUNTO(S)
comportamento sexual doenças sexualmente transmissíveis epidemiologia dos serviços de saúde perfil de impacto da doença soropositividade para hiv
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