Epidemiologia da cardiopatia congênita no Brasil
AUTOR(ES)
Pinto Júnior, Valdester Cavalcante, Branco, Klébia Magalhães P. Castello, Cavalcante, Rodrigo Cardoso, Carvalho Junior, Waldemiro, Lima, José Rubens Costa, Freitas, Sílvia Maria de, Fraga, Maria Nazaré de Oliveira, Souza, Nayana Maria Gomes de
FONTE
Braz. J. Cardiovasc. Surg.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-04
RESUMO
ResumoIntrodução:Cardiopatia congênita é uma anormalidade na estrutura ou função cardiocirculatória, ocorrente desde o nascimento, mesmo que diagnosticada posteriormente. Pode resultar em morte intraútero, na infância ou na idade adulta. Foi responsável por 6% dos óbitos infantis, no Brasil, em 2007.Objetivo:Estimar a subnotificação na prevalência das cardiopatias congênitas no Brasil e seus subtipos.Métodos:Os cálculos das prevalências foram realizados aplicando-se coeficientes, atribuindo-lhes função de taxas para cálculos dos agravos. O estudo faz aproximação entre a literatura e os registros governamentais. Adotou-se estimativa de 9:1000 nascimentos e taxas de prevalências para subtipos, aplicadas aos nascimentos de 2010. As estimativas de nascimentos com cardiopatia congênita foram comparadas com as notificações ao Ministério da Saúde. Foram estudados por métodos descritivos com uso de taxas e coeficientes, representados em tabelas.Resultados:A incidência, no Brasil, é de 25.757 novos casos/ano, distribuídos em: Norte 2.758; Nordeste 7.570; Sudeste 10.112; Sul 3.329; e Centro-Oeste 1.987. Em 2010, foram notificados ao SINASC/MS 1.377 casos de nascidos com cardiopatias congênitas, o que representa 5,3% do estimado para Brasil. No mesmo período, os subtipos mais frequentes foram: comunicação interventricular (7.498); comunicação interatrial (4.693); persistência do canal arterial (2.490); estenose pulmonar (1.431); tetralogia de Fallot (973); coarctação da aorta (973); transposição das grandes artérias (887); e estenose aórtica 630. A prevalência de cardiopatias congênitas, para o ano de 2009, foi 675.495 crianças e adolescentes e 552.092 adultos.Conclusão:Há, no Brasil, subnotificação na prevalência das cardiopatias congênitas, sinalizando para a necessidade de adequações na metodologia de seu registro.
ASSUNTO(S)
cardiopatias congênitas epidemiologia política de saúde brasil
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