Entre o grotesco e o risível: o lugar da mulher negra na história em quadrinhos no Brasil
AUTOR(ES)
Neto, Marcolino Gomes de Oliveira
FONTE
Rev. Bras. Ciênc. Polít.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-04
RESUMO
Neste artigo, discuto formas estereotipadas de representação do corpo da mulher negra na sociedade brasileira no século XX. Uso como fonte de interrogação três personagens de histórias em quadrinhos - Lamparina, Maria Fumaça e Nega Maluca -, por entender que estas apresentam características reforçadoras de hierarquias raciais e de gênero ao operarem com uma lógica que procura estabelecer conceitos de normalidade com base no pertencimento racial. O corpo negro é então apresentado como o outro, sendo o campo da paródia e do risível um dos poucos espaços onde é autorizado a transitar. Meu debate dialoga com as reflexões pós-estruturalistas, tomando como referencial teórico o conceito de dispositivo desenvolvido por Michel Foucault, o qual considera que todo dispositivo, em maior ou menor proporção, é um dispositivo de poder.
ASSUNTO(S)
corpo mulher negra história em quadrinhos estereótipo dispositivo.
Documentos Relacionados
- Do (in)visível ao risível: o negro e a "raça nacional" na criação caricatural da Primeira República
- Florestan Fernandes e o lugar da USP na história da sociologia no Brasil
- Entre paredes e redes: o lugar da mulher nas famílias pobres
- O lugar da mulher no quilombo Kalunga
- História em quadrinhos: o herói entre a tradição e o desajuste como síntese da cultura norte-americana