Endocardite Infecciosa: Ainda mais Desafios que Certezas

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FONTE

Arquivos Brasileiros de Cardiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo Após catorze décadas de evolução médica e tecnológica, a endocardite infeciosa continua a desafiar médicos no seu diagnóstico e manejo diário. O aumento da incidência, alterações demográficas (afetando pacientes mais idosos), microbiologia com taxas de infeção por Staphylococcus mais elevadas, com complicações graves ainda frequentes e uma mortalidade substancial tornam a endocardite uma doença muito complexa. Apesar de tudo, a inovação no seu diagnóstico, nomeadamente na área da microbiologia e imagem, e a melhoria nos cuidados intensivos e na cirurgia cardíaca (quanto às técnicas, materiais usados e momento de intervenção) podem ter um impacto no seu prognóstico. Os desafios persistem, incluindo repensar a profilaxia, melhorar os critérios de diagnóstico incluindo a endocardite com culturas negativas e endocardite de prótese valvar, o timing para a intervenção cirúrgica, e sua realização ou não na presença de acidente vascular cerebral isquêmico e em usuários de drogas intravenosas. Uma estratégia combinada na endocardite infeciosa é fundamental, incluindo decisões e protocolos clínicos avançados, um manejo multidisciplinar, organização e políticas de saúde que culminem em melhores resultados para os nossos pacientes.

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