Eletroestimulação, resposta dos músculos do assoalho pélvico e incontinência urinária em pós-prostatectomizados

AUTOR(ES)
FONTE

Fisioter. mov.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-03

RESUMO

Objetivo verificar a resposta dos músculos do assoalho pélvico (MAP) e da incontinência urinária (IU) em homens prostatectomizados após o uso da eletroestimulação como tratamento. Materiais e métodos estudo observacional, realizado no ambulatório de fisioterapia uroginecológica do Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, no período de agosto a setembro de 2012. Dez pacientes com 64 ± 7 anos de idade, com incontinência urinária pós-prostatectomia radical, tempo máximo após cirúrgia de seis meses, sem infecção urinária e sem implante metálico foram submetidos à eletroestimulação dos MAP, que consistiu de um eletrodo endoanal (Dualpex 961 – Quark), com paciente na posição de decúbito lateral com joelhos e quadril flexionados. Os parâmetros utilizados foram frequência de 65 Hz, largura de pulso de 500 µs, corrente bifásica, intensidade de acordo com o nível de tolerância relatada pelo paciente, tempo de contração perineal de quatro segundos e tempo de repouso de oito segundos, durante 20 minutos, duas vezes semanais, totalizando 16 sessões de eletroestimulação com contração ativa-assistida. Os pacientes foram avaliados antes e após a eletroestimulação por meio de relato sobre os ítens da avaliação fisioterapêutica da incontinência urinária, questionados sobre o número de protetores descartáveis utilizados diariamente, submetidos à escala visual analógica (EVA) para medir o quanto a IU interferia em suas atividades de vida diárias e ao biofeedback eletromiográfico para medir o trabalho dos MAP. Os dados foram analisados pelos teste t – student para amostras pareadas, para um nível de significância de 0,05. Resultados após as 16 sessões de eletroestimulação a avaliação pelo biofeedback eletromiográfico mostrou um aumento significativo da força muscular de 10,73 ± 8,64 para 17,16 ± 9,00 µV (t = -3,39; P = 0,008), uma diminuição significativa do número de fraldas usadas antes e após o tratamento de 3,9 ± 1,2 para 1,8 ± 1,5 (t = 5,16; P = 0,0006), respectivamente e diminuição significativa da interferência da incontinência urinária nas atividades diárias de 9,6 ± 0,5 para 4,0 ± 3,8 (t = 5,15; P = 0,0006). Conclusão a eletroestimulação pode ser uma forma de reforçar a musculatura do assoalho pélvico e diminuir a incontinência urinária decorrente da pós-prostatectomia radical.

ASSUNTO(S)

incontinência urinária prostatectomia estimulação elétrica

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