Eletrodos em diamante CVD para estudos eletroquÃmicos.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2001

RESUMO

Os eletrodos de filmes de diamante CVD dopados com boro crescidos sobre silÃcio apresentam propriedades eletroquÃmicas e morfolÃgico-estruturais favorÃveis para serem utilizados em diferentes aplicaÃÃes. Neste trabalho, apresenta-se a pesquisa desenvolvida na elaboraÃÃo destes eletrodos, assim como, sua caracterizaÃÃo atravÃs de diversas tÃcnicas eletroquÃmicas e de anÃlise de superfÃcie. Os eletrodos de diamante apresentaram uma superfÃcie uniforme contendo grÃos facetados, cujo tamanho à de aproximadamente 2-3 mm. A espectroscopia Raman mostrou uma diminuiÃÃo da intensidade da linha caracterÃstica do diamante em 1332 cm-1 e seu deslocamento para menores energias quando se aumenta o nivel de dopagem. Simultaneamente, surgem duas bandas em 460 cm-1 e 1220 cm-1 devido ao aumento da incorporaÃÃo de boro na rede cristalina. Verificou-se um aumento do stress nos filmes quando se aumenta a incorporaÃÃo de boro na rede, medido atravÃs de espectroscopia Raman. Filme de diamante altamente dopado apresentou uma resistividade 6 vezes menor em relaÃÃo ao filme levemente dopado. As anÃlises de deteÃÃo de recuo elÃstico e de Mott-Schottky apresentaram um aumento do nÃmero de Ãtomos de boro nos filmes de diamante quando se aumenta o nÃvel de dopagem. AtravÃs da anÃlise XRD Sincrontron pode-se constatar a presenÃa de WC em todos os filmes e que o tamanho de cristalito obtido à 2 ordens de grandeza menor que os observados por MEV. Foi verificado, tambÃm, uma menor concentraÃÃo de defeitos para o eletrodo de 6000 ppm B/C. O eletrodo de diamante exibiu uma faixa de potencial de utilizaÃÃo em torno de 3,0V em eletrÃlitos aquosos e apresentou um comportamento fotocorrente-voltagem tÃpico de um semicondutor tipo-p. Foram confirmadas as caracterÃsticas de quase-reversibilidade atravÃs do estudo com as sondas eletroquÃmicas, indicando uma cinÃtica de reaÃÃo de transferÃncia de carga mais veloz utilizando a soluÃÃo de ferrocianeto e o eletrodo de 5000 ppm B/C. Foi verificado, tambÃm, atravÃs do estudo do pH, que a superfÃcie do diamante nÃo à tÃo inerte quimicamente, sofrendo interaÃÃes, dependendo do meio.

ASSUNTO(S)

resistividade elÃtrica crescimento de cristais espectroscopia raman deposiÃÃo quÃmica a vapor eletrodos fÃsico-quÃmica filmes finos eletroquÃmica sincrotrons diamantes

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