Ele, o marido da minha mãe: atributos do papel de padrasto entre adolescentes

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

No Brasil, o divórcio é um fenômeno mais freqüente entre casais com filhos menores de idade, os quais tendem a buscar novos parceiros amorosos, podendo, inclusive, vir a casar-se novamente. Considerando-se que em quase 90% dos casos de divórcio a guarda é materna, o relacionamento com o padrasto mostra-se central para uma transição familiar bem sucedida. No entanto, a literatura aponta que há pouca clareza e concordância acerca de como deve ser o comportamento parental deste homem entre os diferentes membros da família e esta falta de definição se associa a sua baixa satisfação no papel parental, bem como à baixa satisfação materna, familiar e conjugal. A situação tende a ser particularmente mais difícil em famílias que envolvem filhos adolescentes. O presente trabalho investigou os conteúdos de papel familiar e parental atribuídos ao padrasto por adolescentes que vivem e que não vivem em famílias recasadas. Tratou-se de um estudo quantitativo realizado com 155 adolescentes de 12 a 20 anos que moram no Estado de São Paulo. Foi usado um questionário de aplicação coletiva que incluía questões sobre composição familiar, atributos de papel, temas de dúvida e de conflito com o novo cônjuge materno. Os resultados indicam que jovens que não têm uma experiência direta com padrasto exibem expectativas de papel mais flexíveis do que os que vivem em famílias recasadas. Em ambos os grupos, não se espera qualquer comportamento parental por parte do padrasto. Sexo, idade e tempo de separação dos pais estão relacionados à qualidade do relacionamento com o mesmo

ASSUNTO(S)

relações familiares famílias multinucleares psicologia padrastos adolescentes

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