Eficácia e segurança do uso inalatório da adrenalina-L na laringite pós-intubação utilizada em associação com a dexametasona
AUTOR(ES)
Fernandes, Iracema C. O., Fernandes, José Carlos, Cordeiro, Andréa, Hsin, Shieh H., Bousso, Albert, Ejzenberg, Bernardo, Okay, Yassuhiko
FONTE
Jornal de Pediatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-06
RESUMO
OBJETIVO: avaliar a eficácia e a segurança do uso de adrenalina-L inalada na laringite pós-intubação como droga suplementar à dexametasona. MÉTODO: Estudo prospectivo, duplo-cego, controlado por placebo, randomizado, com duas coortes de pacientes com laringite pós-intubação de grau 3 a 6, aferido pelo escore de Downes e Raphaelly, durante dois anos. Os grupos, A e B, receberam dexametasona por via endovenosa e realizaram duas inalações com soro fisiológico, mas nestas apenas o grupo B recebeu adrenalina-L. A eficácia da adrenalina-L foi avaliada através da comparação do escore de Downes e Raphaelly. Os efeitos colaterais da adrenalina-L foram avaliados pela ocorrência de arritmia cardíaca, elevação da pressão arterial e da freqüência cardíaca médias no grupo B, em relação ao grupo A. RESULTADOS: Foram selecionados 22 pacientes para o grupo A (escore médio=4,8) e 19 para o grupo B (escore médio= 5,2). Após o início do tratamento, três pacientes do grupo A alcançaram o escore 8 e foram reintubados; este grupo também apresentou escore clínico médio maior do que o grupo B, durante as primeiras duas horas do protocolo, resultados não estatisticamente significantes. Não foram constatados efeitos colaterais atribuíveis à adrenalina. Os índices gasométricos foram adequados nos dois grupos, porém melhores no grupo controle. CONCLUSÕES: Não foi demonstrada maior eficácia no tratamento da laringite pós-intubação com o uso da adrenalina-L inalatória em crianças que receberam simultaneamente dexametasona endovenosa. Alguns indicadores apresentaram uma tendência favorável à terapêutica combinada e sugerem a realização de outras avaliações.
ASSUNTO(S)
intubação laringite epinefrina dexametasona
Documentos Relacionados
- Precisão do diagnóstico de estenose subglótica pós-intubação com base em estridorem pacientes pediátricos,
- Incidência e fatores de risco para hipotensão pós-intubação em pacientes críticos com COVID-19
- Sequelas pós-intubação e traqueostomia cirúrgica aberta: devemos sempre fazer a istmectomia?
- Incidência de lesão de laringe pós-intubação em crianças com bronquiolite viral aguda e estudo dos fatores de risco
- Eficácia da associação de dexametasona à antibioticoterapia em pacientes pediátricos com meningite bacteriana