Eficácia e segurança da aplicação subconjuntival de bevacizumabe em pterígio recidivado

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Oftalmol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-01

RESUMO

Objetivo: Avaliar os resultados e complicações da injeção subconjuntival de bevacizumabe em pacientes com pterígio recidivado. Métodos: Série de casos prospectiva envolvendo pacientes submetidos à exérese de pterígio que foram diagnosticados com pterígio recidivado. Todos pacientes receberam uma aplicação subconjuntival 0,5 ml de bevacizumabe (2,5 mg/0,1 ml). O principal resultado foi a mudança no tamanho dos pterígios. A aparência clínica do pterígio foi graduada de acordo com os critérios de Tan et al. O tamanho horizontal do pterígio (do limbo ao ápice) foi observado até 60 dias semanas após a injeção. Os efeitos adversos e as complicações do tratamento foram descritos. Resultados: Foram incluídos 36 olhos de 36 pacientes (18 masculinos) com média de idade de 58,75 ± 10,98 anos. 30,6% dos pacientes tinham pterígio recidivado em ambos os olhos (apenas o pior olho foi tratado), 47,2% no olho esquerdo e 22,2% no olho direito. Mais da metade dos pacientes (58,3%) possuíam história familiar de pterígio. Houve uma diferença estatisticamente significante no tamanho do pterígio em diferentes intervalos (P<0,05). 66,7% dos pacientes apresentaram hemorragia subconjuntival no segundo dia após a aplicação, diminuindo para 30,6% no sétimo dia e nenhum paciente após um mês. A maioria dos pacientes (69,4%) teve melhora dos sintomas irritativos após dois dias, 88,9% após 7 dias e 97,2% após um mês. Conclusão: A injeção subconjuntival de bevacizumabe é uma alternativa válida na condução de pacientes com pterígio recidivado, não apresentando efeitos locais e sistêmicos significantes.

ASSUNTO(S)

pterígio recidiva anticorpos monoclonais/uso terapêutico inibidores de angiogênese/administração & dosagem injeções

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