Eficácia da aplicação de enxerto de extensão septal caudal em septoplastia endonasal

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. j. otorhinolaryngol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-02

RESUMO

Resumo Introdução Desvio septal é doença comum no cotidiano da prática otorrinolaringológica e a septoplastia é procedimento cirúrgico comum. Desvio caudal do septo nasal é também uma condição desafiadora para os otorrinolaringologistas. São muitas as técnicas definidas para desvio caudal do septo nasal. Objetivo Avaliar a eficácia da aplicação de enxerto de extensão septal caudal (EESC) em pacientes que passaram por septoplastia endonasal devido a septo nasal curto e com desvio. Método Foram recrutados para o estudo 40 pacientes com desvio de septo nasal, septo nasal curto e fraca sustentação da ponta do nariz, tratados com septoplastia endonasal com ou sem a aplicação de EESC, entre agosto de 2012 e junho de 2013. Ao todo, 20 pacientes foram tratados com septoplastia endonasal com aplicação de EESC. O restante do grupo, que rejeitou coleta de cartilagem auricular ou costal para a aplicação de EESC, foi tratado apenas com septoplastia endonasal. Com a aplicação dos questionários Nose (Nasal Obstruction Symptom Evaluation, Avaliação dos Sintomas de Obstrução Nasal) e ROE (Rhinoplasty Outcome Evaluation, Avaliação dos Desfechos da Rinoplastia), as mensurações pré e pós-operatórias com o rinômetro acústico foram obtidas com o objetivo de avaliar o efeito da aplicação de EESC na obstrução nasal. Resultados No grupo controle, as áreas de secção transversal mínima (ASTM1) antes e depois da operação foram 0,44 ± 0,10 cm2 e 0,60 ± 0,11 cm2, respectivamente (p < 0,001). No grupo de estudo, os valores antes e depois da operação para ASTM1 foram 0,45 ± 0,16 cm2 e 0,67 ± 0,16 cm2, respectivamente (p < 0,01). No grupo controle, o valor para os volumes da cavidade nasal (VOL1) foi 1,71 ± 0,21 mL no pré-operatório e 1,94 ± 0,17 mL no pós-operatório (p < 0,001). No grupo de estudo, os VOL1 antes e depois da operação foram 1,72 ± 0,15 mL e 1,97 ± 0,12 mL, respectivamente (p < 0,001). A análise estatística dos valores pós-operatórios para ASTM1 e VOL1 nos grupos de estudo e controle não permitiu a detecção de qualquer diferença intergrupos (p = 0,093 e 0,432, respectivamente). No grupo de estudo e no grupo controle, os ângulos nasolabiais médios foram 78,15 ± 4,26º e 90,70 ± 2,38º, respectivamente (p < 0,001). Conclusão A septoplastia endonasal com aplicação de EESC é um procedimento cirúrgico efetivo, com mínimo percentual de complicações para pacientes que se apresentam com septo nasal curto e com desvio e com fraca sustentação da ponta do nariz.

ASSUNTO(S)

septo nasal cartilagem nasal obstrução nasal cirurgia intranasal aplicação de enxerto

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