Effects of in-center daily hemodialysis upon mineral metabolism and bone disease in end-stage renal disease patients
AUTOR(ES)
Lugon, Jocemir Ronaldo, André, Mauro Barros, Duarte, Maria Eugênia Leite, Rembold, Simone Martins, Cruz, Elisa de Albuquerque Sampaio da
FONTE
Sao Paulo Medical Journal
DATA DE PUBLICAÇÃO
03/05/2001
RESUMO
CONTEXTO: Diversos esquemas alternativos de hemodiálise foram propostos para melhorar a qualidade da diálise. Apesar disso, sua influência sobre o metabolismo mineral e a doença óssea permanece desconhecida. OBJETIVO: Relatar o impacto de um esquema diário de hemodiálise sobre as lesões da osteodistrofia renal. TIPO DE ESTUDO: Estudo prospectivo não controlado. LOCAL: Hospital Universitário Público. PARTICIPANTES: Cinco pacientes tratados por hemodiálise diária por pelo menos 24 meses. INTERVENÇÃO: As sessões foram realizadas com máquinas-tanque sem dispositivo controlador de ultrafiltração, fluxo de sangue de 300ml/min, banho de bicarbonato ([Ca] = 3.5 mEq/L) a 500 ml/min, e dialisadores com membrana de baixo fluxo. As sessões eram iniciadas às 18 horas (exceto domingos) e duravam duas horas. VARIÁVEIS ESTUDADAS: Os níveis séricos de Ca e P, dos últimos seis meses em hemodiálise convencional dos mesmos pacientes, foram usados para comparação com cada semestre em hemodiálise diária. As biópsias ósseas e os níveis de PTH foram obtidos no fim do período convencional em hemodiálise e após dois anos em hemodiálise diária. RESULTADOS: O cálcio sérico médio era significativamente mais elevado durante os segundo e terceiro semestres da diálise diária (10.0 DP 0.6 mg%, e 10.0 DP 0.8 mg%, respectivamente) em comparação à diálise convencional (9.4 DP 0.8 mg%), P < 0.05. Os valores médios de fósforo foram significativamente mais baixos durante cada semestre em hemodiálise diária (6.3 DP 1.8 mg%, 5.8 DP 1.7 mg%, 6.0 DP 1.7 mg%, e 6.0 DP 1.8 mg%) comparados aos da diálise convencional (7.2 DP 2.7 mg%), P < 0.05. As médias do produto CaxP acompanharam o padrão observado para o fósforo (59.5 DP 16.0, 57.1 DP 16.3, 59.8 DP 17.7, e 58.31 DP 20.9 vs. 68.6 DP 27.3, P < 0.05). Após dois anos em hemodiálise diária, dois pacientes que tinham lesão aplástica mudaram para lesão óssea inicial do hiperparatireoidismo secundário; Além disso, um paciente com lesão mista e deposição óssea de alumínio evoluiu para osteíte fibrosa leve sem alumínio. Os valores do PTH intacto no começo do estudo e após dois anos na hemodiálise diária não diferiram (134 DP 66 vs. 109 DP 26 pg/ml, P = 0.60, respectivamente). CONCLUSÕES: Os pacientes em hemodiálise diária tiveram melhor controle do fósforo sérico e, talvez, menor risco de calcificações metastáticas. Além disso, também mostrou-se benéfica à doença óssea de baixo turnover e atenuou a deposição óssea de alumínio.
ASSUNTO(S)
hemodiálise diária osteodistrofia renal doença óssea
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