Effects of a simulated oil spill on a coastal plankton community. / Efeitos de um derrame simulado de petróleo sobre a comunidade planctônica costeira em Angra dos Reis (RJ).
AUTOR(ES)
Marcia Vieira Reynier
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003
RESUMO
A avaliação dos efeitos de derrames de petróleo nas regiões costeiras decorrentes das atividades de produção, refinamento ou transporte deste produto tem sido uma das prioridades das instituições ligadas a este setor e há uma demanda muito grande de pesquisas sobre os impactos ocasionados por estes sobre o ambiente e as comunidades naturais, em particular. No presente estudo a experimentação em mesocosmos foi utilizada para avaliar os efeitos do derrame do petróleo ARLE/URAL e deste tratado com o dispersante químico Corexit 9500, sobre uma comunidade planctônica costeira. O experimento foi realizado no Rio de Janeiro, Brasil e teve a duração de 25 dias consecutivos (19/06 a 13/07/2002). Os tratamentos foram feitos em triplicata com um volume aproximado de 1,7m3 de água do mar em cada unidade. Foram utilizadas três réplicas como controle, contendo apenas água do mar, três réplicas foram tratadas com 800 mL de petróleo e três outras réplicas foram tratadas com a mistura de 800 mL de petróleo e 80 mL de dispersante. As alterações químicas na água foram marcantes, principalmente em relação ao aumento na concentração dos compostos orgânicos. Os resultados evidenciaram uma redução severa na densidade do fitoplâncton, em decorrência da adição do óleo ou da mistura de óleo e dispersante. Houve também uma mudança na composição dos grupos, com alteração da dominância de diatomáceas para fitoflagelados. Em relação aos grupos zooplanctônicos também foi observado um efeito mais acentuado no tratamento com petróleo e dispersante. Os organismos meroplanctônicos foram mais sensíveis ao petróleo do que os holoplanctônicos. Os copépodes foram dominantes, em todos os tratamentos. A espécie herbívora Acartia lilljeborgi foi mais resistente ao efeito agudo do petróleo, enquanto Pseudodiaptomus acutus foi mais resistente ao efeito crônico Entre os Copepoda carnívoros Oithona hebes foi a espécie mais resistente, tanto ao impacto agudo quanto ao impacto crônico. Os mesocosmos são adequados para a avaliação dos efeitos do derrame de petróleo ou da mistura de petróleo e dispersante, como corroborado pelos estudos de toxicidade com algas e organismos-teste invertebrados, que corroboraram os efeitos observados em campo. A utilização de dispersante químico na etapa de remediação após os derrames necessita ser reavaliada tendo em vista os resultados deste trabalho que indicam que a mistura petróleodispersante é ainda mais tóxica do que o petróleo sozinho.
ASSUNTO(S)
ecotoxicologia oil spill ecotoxicology dispersante químico oil dispersant mesocosmos Água - poluição por petróleo marine plankton plâncton marinho mesocosms ecologia biologia marinha environmental impacts
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1162Documentos Relacionados
- Estudo da Comunidade de anfíbios anuros ao longo de um gradiente altitudinal na Ilha Grande, Angra dos Reis, RJ. Rio de Janeiro 2010
- Simulação numérica de evento extremo de chuvas: um estudo de caso sobre Angra dos Reis - RJ
- Simulação numérica de evento extremo de chuvas: um estudo de caso sobre Angra dos Reis - RJ
- Simulação numérica de evento extremo de chuvas: um estudo de caso sobre Angra dos Reis - RJ
- Petrologia dos diabásios da região de Angra dos Reis, RJ