Efeitos patológicos de diferentes doses de acetona cianidrina em ratos suíços

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. agrotec.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-10

RESUMO

RESUMO A mandioca tem sido amplamente utilizada para alimentação animal e humana. Também tem sido demonstrado que possui propriedades anti-neoplásicas e anti-helmínticas. A toxicidade devido ao consumo da mandioca tem sido relatada em ruminantes e animais de laboratório. Assim, este estudo teve como objetivo investigar os efeitos tóxicos da acetona cianidrina, um metabólito da linamarina que está presente na mandioca, em ratos Wistar. Foram utilizados seis grupos de cinco animais cada para avaliar os efeitos tóxicos da acetona cianidrina administrada a 25 (G1), 50 (G2), 75 (G3), 100 (G4) e 125 (G5) umol / kg como uma dose oral única. O grupo controle recebeu água acidificada (pH 3,5). Os animais foram monitorados após a administração de acetona cianidrina e os sintomas clínicos foram registrados. Os níveis séricos das enzimas foram medidos para avaliar a função renal e hepática. Durante a necropsia, amostras teciduais foram coletadas para análise histopatológica. Após a administração, alguns animais dos grupos G2, G4 e G5 apresentaram sintomas neurológicos como convulsões, contração muscular involuntária, andar cambaleante, incordenação motora, prostração e midríase. Todos os animais do G5 e quatro animais do G4 morreram após sete minutos da administração de acetona cianidrina. Animais dos outros grupos, particularmente do G2, se recuperaram da fase aguda. A análise bioquímica revelou lesões e disfunção hepáticas. A histopatologia revelou lesões severas no fígado e cérebro. Os resultados permitem inferir que a acetona cianidrina tem efeitos tóxicos no fígado, pulmão e sistema nervoso central de ratos. No entanto, em concentrações de até 25 umol / kg os animais podem sobreviver à fase aguda.

ASSUNTO(S)

neurotóxico hepatotóxico cianeto intoxicação aguda

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