Efeitos do estresse luminoso sobre o crescimento da orquídea epífita Cattleya forbesii Lindl. X Laelia tenebrosa Rolfe

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Botany

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-06

RESUMO

Baseado no desempenho de plantas epífitas com metabolismo CAM, em ambientes sombreados ou sob alta irradiância, com taxa de crescimento proporcional à intensidade luminosa, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do estresse luminoso prolongado sobre o crescimento de uma orquídea epífita brasileira, Cattleya forbesii Lindl. X Laelia tenebrosa Rolfe. No primeiro experimento, dois grupos de plantas foram empregados, sendo que um grupo foi mantido sob 90% da radiação fotossinteticamente ativa (RFA) (@ 1.650 µmol.m-2.s-1) e o outro sob 22,5% (@ 400 µmol.m-2.s-1). No segundo experimento, a resistência difusiva, a taxa de transpiração e os níveis de fluorescência foram monitorados em plantas sob 90% da RFA, 22,5% da RFA e em plantas transferidas de 22,5 para 90% da RFA. Nossos resultados indicam que a alta intensidade luminosa reduziu o crescimento e o desenvolvimento desta orquídea. Dados da variação no volume dos pseudobulbos durante o crescimento sugerem que a água e as reservas armazenadas nos pseudobulbos mais velhos podem ter sido transferidas para o pseudobulbo mais novo. Considerando a resistência estomática, os estômatos das plantas submetidas à 22,5% da RFA atingiram a sua maior abertura durante à noite, enquanto que nas plantas sob 90% da RFA a maior abertura estomática ocorreu somente ao amanhecer. Após a transferência de 22,5% para 90% do RFA, a razão Fv/Fm diminuiu de aproximadamente 0,8 para 0,7. Isto sugere a restrição dos mecanismos de fotoproteção na folha e os resultados observados, após a transferência de plantas de 22,5% para 90% do RFA, reforçam a possibilidade de que a fotoinibição implicou numa diminuição da taxa de crescimento.

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