Efeitos do Ambiente Alimentar e Nutricional sobre o Excesso de Peso em Crianças Menores de 10 anos. / Effects of the Food and Nutritional Environment on Overweight of Children under 10 years.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/02/2011

RESUMO

Introdução: A prevalência de excesso de peso em crianças vem aumentando acentuadamente em todo o mundo e em decorrência das conseqüências que esta condição traz, tem-se buscado identificar os fatores associados ao excesso de peso. Atualmente, tem sido bastante discutido o efeito do ambiente sobre o estado nutricional de indivíduos, especificamente sobre a prática de atividade física e o consumo de alimentos. Objetivo: Analisar a relação entre o estado nutricional de crianças menores de 10 anos do município de Santos e fatores socioeconômicos e ambientais. Métodos: Foi realizado estudo transversal, com um componente de base domiciliar e um componente ambiental. No componente domiciliar, foram coletados dados sobre a condição socioeconômica, estado nutricional, atividade física e consumo alimentar de 531 crianças menores de 10 anos moradoras do município de Santos. Foi realizada análise de regressão para avaliar a influência dos fatores individuais no excesso de peso. Para avaliação do componente ambiental, foram elaborados questionários adaptados para a realidade brasileira e validados. Foram avaliados os alimentos e refeições disponíveis em comércios e restaurantes localizados no município e numa área de 500m ao redor dos setores censitários de residência das crianças. Em seguida, os dados ambientais e domiciliares foram agregados na unidade do setor censitário e foi realizada análise de correlação. Resultados: A pior condição sócio-econômica foi determinante na presença do excesso de peso em crianças em nível individual e do menor acesso a alimentos saudáveis nos diversos estabelecimentos analisados em nível ambiental. Ao analisar a relação do ambiente com o IMC/idade, encontrou-se que a presença de estabelecimentos promotores de uma alimentação saudável resultou em menor IMC. Conclusão: Analisando os dados ecologicamente, foi possível observar a presença de associação entre o estado nutricional e o ambiente. No entanto, é necessário avaliar a influência individual do ambiente no indivíduo, por meio de métodos estatísticos mais avançados. A condição sócio-econômica do local e da população deve ser levada em consideração ao se planejar ações de intervenção no ambiente nutricional.

ASSUNTO(S)

excesso de peso crianças ambiente nutriciona geoprocessamento análise ecológica nutricao

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