Efeitos de operações sobre o baço no lipidograma de ratas

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Associação Médica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-02

RESUMO

OBJETIVO: Apesar de serem bem estabelecidas as alterações esplênicas nas dislipidemias, como a doença de Gaucher, ainda não se estudou adequadamente a relação do baço com o metabolismo lipídico. Com vista a contribuir para preencher esse hiato, a presente investigação avaliou experimentalmente o lipidograma na presença do baço, em asplenia e após operações conservadoras desse órgão. MÉTODOS: Foram utilizadas 50 ratas Wistar de pesos e idades semelhantes distribuídas em quatro grupos: Grupo 1- controle, com baço íntegro; Grupo 2 - laparotomia e laparorrafia, Grupo 3 - esplenectomia total; Grupo 4 - esplenectomia subtotal e Grupo 5 - esplenectomia total complementada por implantes de tecido esplênico autógeno. Após quatro meses, foram dosados os níveis séricos de triglicérides, colesterol total e suas frações VLDL, LDL, HDL. Os resultados dos quatro grupos foram comparados entre si pela análise de variância, seguida pelo teste de Tukey-Kramer, com significância para p < 0,05. RESULTADOS: Não houve diferença entre os grupos 1, 2, 3 e 4. Nos animais submetidos a esplenectomia total, as concentrações de colesterol total (p = 0,0151) e de sua fração LDL (p < 0,0001) foram maiores, enquanto a fração HDL foi menor (p = 0,0026) do que as encontradas nos demais grupos. Não houve diferença entre os grupos com relação aos triglicérides (p = 0,1571) e VLDL (p = 0,2527). CONCLUSÕES: É provável que o baço desempenhe um papel de destaque no metabolismo lipídico de ratas e que a esplenectomia total se relacione com alterações no controle do colesterol. É possível que a preservação de tecido esplênico previna tais distúrbios metabólicos.

ASSUNTO(S)

baço esplenectomia esplenectomia subtotal auto-implante esplênico colesterol triglicérides

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