Efeitos de ondas Kelvin ultrarrápidas na ionosfera equatorial brasileira: observações e modelagem / The ultra-fast Kelvin waves effects on the brazilian equatorial ionosphere: observations and modelling
AUTOR(ES)
Amélia Naomi Onohara
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
15/04/2011
RESUMO
O principal objetivo deste trabalho foi estudar o acoplamento vertical entre a mesosfera e a ionosfera equatorial por meio da propagação de ondas Kelvin ultrarrápidas (ou ondas UFK, do inglês "ultra-fast Kelvin waves"), que é um tipo de onda equatorial com períodos em torno de ~3,5 dias. Este estudo baseou-se na utilização de observações e modelo. Foram utilizados os ventos neutros observados em São João do Cariri (7,4 °S; 36,5 °O), Cachoeira Paulista (22,7 °S; 45 °O) e Ascension Island (7,9 °S; 14,4 °O). Além dos ventos neutros, observações de temperatura do satélite TIMED/SABER e de parâmetros ionosféricos, tais como a altura virtual mínima (h F), e a frequência crítica da camada F (foF$_2$), observados em Fortaleza (3,9 °S; 38,4 °O), também foram utilizadas. Todas as observações utilizadas neste trabalho foram realizadas durante o ano de 2005. Os parâmetros observados foram submetidos à análise wavelet para que as assinaturas de ondas UFK pudessem ser identificadas. Quatro casos de assinaturas simultâneas em observações mesosféricas e ionosféricas foram utilizados. Em cada um desses casos, as amplitudes e fases da onda UFK foram calculadas para que fosse possível a obtenção dessas componentes para alturas onde a base da região E está situada (~ 120 km de altitude). Oscilações de ondas UFK no vento neutro zonal a 120 km serviram de parâmetros de entrada do modelo "Código de Batista" (CODB), um modelo ionosférico que calcula o acoplamento eletrodinâmico da ionosfera equatorial, e que tem como saídas as derivas verticais e horizontais de plasma na região F. Resultados dos testes realizados com o modelo mostraram boa compatibilidade dos resultados das derivas verticais com os resultados observacionais, de modo que é possível afirmar que o modelo, sob determinadas condições, mostrou que a onda UFK é capaz de alterar a estrutura ionosférica da região equatorial brasileira.
ASSUNTO(S)
ondas kelvin ondas equatoriais acoplamento mesosfera-ionosfera equatorial
ACESSO AO ARTIGO
http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m19/2011/03.24.14.25Documentos Relacionados
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