Efeitos de diferentes tipos de impactos ambientais em rios de pequeno e médio porte do centro do Estado de São Paulo, Brasil, e perspectivas de manejo
AUTOR(ES)
Oliveira, Paula Caroline dos Reis, Nogueira, Marcos Gomes, Sartori, Luciana Pinto
FONTE
Acta Limnol. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-12
RESUMO
OBJETIVO: O presente trabalho buscou avaliar, comparativamente, a influência dos distintos tipos de impactos ambientais na bacia hidrográfica sobre os rios Capivara, Lavapés, Araquá e Pardo, e transferências de efeitos para a jusante. MÉTODOS: O estudo limnológico/qualidade de água foi realizado nos períodos chuvoso (março/2007) e seco (setembro/2007), sendo consideradas 17 estações de amostragem. RESULTADOS: Variáveis como largura, profundidade, vazão e temperatura da água aumentaram a jusante; velocidade, transparência e oxigênio dissolvido foram maiores nos trechos superiores. A penetração de luz na água foi total em quase todas as estações de amostragem e o pH predominantemente ácido. Os rios que sofrem impacto da área urbana, com fontes pontuais de poluição foram Lavapés e Araquá, apresentando maiores valores de condutividade elétrica, material em suspensão, nitrogênio total, nitrato, nitrito, amônia fósforo total, fosfato total dissolvido, DBO e coliformes termotolerantes. No período chuvoso foram observados maiores valores de condutividade elétrica, turbidez e material em suspensão, enquanto que concentrações mais elevadas de clorofila-a ocorreram no período seco. O rio Lavapés foi o que apresentou a pior condição ambiental, em contraste com o rio Capivara em melhor estado de conservação. Os rios estudados foram fortemente influenciados pela variação sazonal e por despejos de esgoto e uso e ocupação da bacia hidrográfica. O IET mostrou ser uma boa ferramenta de análise. Os rios estudados impactam a jusante com a exportação de matéria orgânica e cargas elevadas de NT, PT e SS para os rios Tietê e Paranapanema. CONCLUSÕES: O estudo mostrou a importância da gestão desses ambientes e que a degradação dos rios demonstram que a legislação brasileira avançou pouco na preservação, gestão e manejo dos ecossistemas aquáticos e que a interface entre ciência, legislação, gestão e preservação de ecossistemas aquáticos precisa ser melhorada.
ASSUNTO(S)
poluição conama 357 índice de estado trófico cargas
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