Efeitos adversos da poliquimioterapia em pacientes com hanseníase: um levantamento de cinco anos em um Centro de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia
AUTOR(ES)
Goulart, Isabela Maria Bernades, Arbex, Guilherme Leonel, Carneiro, Marcus Hubaide, Rodrigues, Mariana Scalia, Gadia, Rafael
FONTE
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002-10
RESUMO
A implementação da poliquimioterapia (PQT/OMS) - composta pelas drogas dapsona, clofazimina e rifampicina - possibilitou a cura da hanseníase, porém não foram priorizados o manejo dos efeitos adversos pelas equipes de saúde. Objetivando determinar a magnitude dos efeitos adversos da poliquimioterapia para hanseníase e relacioná-los como possível causa de não adesividade do paciente ao tratamento, revisou-se prontuários de 187 pacientes tratados com PQT, de 1995 a 2000, no Centro de Saúde Escola (CSE) -UFU, com registro de efeitos colaterais em 71 pacientes (37,9%). Dentre os 113 efeitos adversos, 80 (70,7%) relacionaram-se à dapsona, 7 (6,2%) à rifampicina, 26 (20,5%) à clofazimina. Esses efeitos levaram à mudança de esquema terapêutico em 28 (14,9%) dos 187 pacientes ou 39,4% dos 71 com efeitos adversos. Discute-se a importância de considerar os efeitos adversos da PQT na capacitação das equipes de saúde para maior adesão do paciente ao tratamento, colaborando para eliminar a hanseníase como problema de saúde pública.
ASSUNTO(S)
hanseníase reações adversas poliquimioterapia adesividade ao tratamento
Documentos Relacionados
- Estudo da função dos nervos periféricos de pacientes com hanseníase, acompanhados por um período médio de 18 anos após o início da poliquimioterapia
- Pacientes em centro de referência para Hanseníase: Rio de Janeiro e Duque de Caxias, 1986-2008
- Lagoftalmo na hanseníase: experiência clínica em centro de referência amazonense
- Pacientes com hanseníase: fatores neurotróficos e marcadores axonais em lesões de pele
- Ocorrência de neurite em pacientes com hanseníase: análise de sobrevida e fatores preditivos