Efeito da terapia fotodinâmica (PDT) sobre culturas de Candida sp. e de células epiteliais : estudo in vitro
AUTOR(ES)
Sandra Aparecida Marinho
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
O uso indiscriminado de antifúngicos tem acarretado resistência da Candida sp., o que requer novas alternativas de tratamento para a candidose oral. A aplicação da terapia fotodinâmica (PDT) tem sido investigada na inativação de microrganismos patogênicos ao hospedeiro humano. O presente estudo teve por objetivo avaliar, in vitro, a ação da PDT sobre a viabilidade da Candida sp. e de células epiteliais. Culturas de Candida sp. obtidas a partir da coleta de amostras de 38 pacientes portadores de candidose oral e culturas de células HEp-2 foram submetidas à PDT. Foi empregado o laser diodo fosfeto de índio-gálio-alumínio (InGaAlP) nas dosimetrias de 100 J/cm2, 270 J/cm2 e 450 J/cm2 associado ao fotossensibilizador azul de metileno na concentração de 100 Rg/mL. Após o tratamento, a viabilidade das unidades formadoras de colônias (UFCs) e das células epiteliais foi quantificada. As três dosimetrias empregadas determinaram inativação significativa da Candida sp. (p<0,05). A dosimetria de 450 J/cm2 foi a mais eficaz, inativando 72,42% das UFCs de Candida sp., seguida pelas dosimetrias de 270 J/cm2 e 100 J/cm2 com inativação média de 45,84% e 22,83% respectivamente. A Candida albicans foi significativamente mais sensível ao tratamento, com inativação média de 50,44% das UFCs, enquanto as outras espécies de Candida apresentaram inativação média de 41,18% (p<0,05). Depois de submetidas à PDT, as células HEp-2 exibiram viabilidade semelhante nas diferentes dosimetrias (p>0,05). A viabilidade média das células HEp-2, avaliada imediatamente após a PDT, independentemente da dosimetria aplicada, foi de 70,81%, sendo esta significativamente menor do que a do grupo-controle, que foi de 86,21% (p<0,05). A PDT com azul de metileno e laser nas dosimetrias de 100 J/cm2, 270 J/cm2 e 450 J/cm2 determinou inativação significativa da Candida sp., sendo a C. albicans mais sensível que as outras espécies. As células epiteliais HEp-2 foram menos sensíveis à PDT do que a Candida sp., apresentando média de inativação fotodinâmica 2,24 vezes menor que a das células fúngicas, fato que indica a existência de uma margem de segurança para aplicação in vivo. São necessários novos estudos in vitro e em modelos animais para melhor fundamentarem-se os resultados obtidos
ASSUNTO(S)
odontologia estomatologia candidÍase mucosa bucal terapia fotodinÂmica
ACESSO AO ARTIGO
http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=452Documentos Relacionados
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