Efeito da penicilina G a cada três semanas sobre o surgimento de Streptococcus viridans resistentes à penicilina na microflora oral
AUTOR(ES)
Aguiar, André Andrade de, Sampaio, Roney Orismar, Sampaio, Jorge Luiz de Mello, Spina, Guilherme Sobreira, Neves, Ricardo Simões, Moreira, Luiz Felipe Pinho, Grinberg, Max
FONTE
Arquivos Brasileiros de Cardiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
19/04/2012
RESUMO
FUNDAMENTO: Penicilina G benzatina a cada 3 semanas é o protocolo padrão para a profilaxia secundária para febre reumática recorrente. OBJETIVO: Avaliar o efeito da penicilina G benzatina em Streptococcus sanguinis e Streptococcus oralis em pacientes com doença valvular cardíaca, devido à febre reumática com recebimento de profilaxia secundária. MÉTODOS: Estreptococos orais foram avaliados antes (momento basal) e após 7 dias (7º dia) iniciando-se com penicilina G benzatina em 100 pacientes que receberam profilaxia secundária da febre reumática. Amostras de saliva foram avaliadas para verificar a contagem de colônias e presença de S. sanguinis e S. oralis. Amostras de saliva estimulada pela mastigação foram serialmente diluídas e semeadas em placas sobre agar-sangue de ovelhas seletivo e não seletivo a 5% contendo penicilina G. A identificação da espécie foi realizada com testes bioquímicos convencionais. Concentrações inibitórias mínimas foram determinadas com o Etest. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças estatísticas da presença de S. sanguinis comparando-se o momento basal e o 7º dia (p = 0,62). No entanto, o número existente de culturas positivas de S. oralis no 7º dia após a Penicilina G benzatina apresentou um aumento significativo em relação ao valor basal (p = 0,04). Não houve diferença estatística existente entre o momento basal e o 7º dia sobre o número de S. sanguinis ou S. oralis UFC/mL e concentrações inibitórias medianas. CONCLUSÃO: O presente estudo mostrou que a Penicilina G benzatina a cada 3 semanas não alterou a colonização por S. sanguinis, mas aumentou a colonização de S. oralis no 7º dia de administração. Portanto, a susceptibilidade do Streptococcus sanguinis e Streptococcus oralis à penicilina G não foi modificada durante a rotina de profilaxia secundária da febre reumática utilizando a penicilina G. (Arq Bras Cardiol. 2012; [online].ahead print, PP.0-0)
ASSUNTO(S)
penicilina g benzatina febre reumática doença das valvas cardíacas boca estreptococos veridans streptococcus oralis
Documentos Relacionados
- Alta prevalência de crianças portadoras de Streptococcus pneumoniae resistentes à penicilina em creches públicas
- Dessensibilização oral à penicilina para o tratamento da sífilis na gestação: um exemplo de experiência bem-sucedida
- Efeito antimicrobiano in vitro do extrato de jabuticaba [Myrciaria cauliflora (Mart.)O.Berg.] sobre Streptococcus da cavidade oral
- A reação em cadeia da polimerase na detecção da resistência à penicilina em Streptococcus pneumoniae
- Efeito da música sobre o ganho de peso de prematuros maiores de 32 semanas: ensaio clínico randomizado