EEG de urgência: taxa de sobrevivência

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-04

RESUMO

OBJETIVO: Determinar a taxa de sobrevivência (TS), segundo os principais achados de eletrencefalograma de urgência (E-EEG), dos pacientes atendidos nas emergências de hospital de alta complexidade. MÉTODO: Estudo prospectivo, por ordem de chegada, da correlação entre os achados de E-EEG, feitos nos pacientes à beira do leito, com TS, utilizando-se as curvas de sobrevidas de Kaplan Meyer no Hospital de Base de São José do Rio Preto, São Paulo/Brasil. RESULTADOS: Foram estudados 681 pacientes, dos quais 406 (59,6%) masculinos, com idade média de 42 anos (1 dia a 96 anos). As principais motivações para o E-EEG foram crises epilépticas (221 casos), encefalopatia hepática [(116 casos, dos quais 85 masculinos (73,3%), p= 0,001]; estado de mal epiléptico 104 e rebaixamento de consciência 78. O diagnóstico da doença de base foi confirmado em 578 (84,3%), sendo 119 (17,5%) hepatopatia, dos quais 91 (76,%) masculinos, p= 0,001; 105 (15,4%) acidente vascular encefálico; 67 (9,9%) distúrbio metabólico; 51 (7,5%) infecção do sistema nervoso central e 49 (7,2%) epilepsia. TS de 75% nos três primeiros meses foi encontrada nos pacientes com E-EEG com alentecimento discreto ou com atividade delta rítmica intermitente. TS por volta de 50% nos três meses foi encontrado nos pacientes com E-EEG com delta contínuo, crítico e com descargas periódicas. A TS foi menor que 25% nos dois primeiros meses após E-EEG, nos pacientes com E-EEG com surto/supressão, com depressão difusa e com comas alfa/teta e 0% nos E-EEG iselétricos. CONCLUSÃO: O E-EEG, com seus principais achados, foi capaz de diferenciar as diversas taxas de sobrevivências na amostra estudada, constituindo-se, portanto, bom instrumento de prognóstico para pacientes atendidos nas unidades de emergência hospitalar.

ASSUNTO(S)

eeg emergência probabilidade de sobrevida

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