Educação de pessoas com transtorno do espectro do autismo: estado do conhecimento em teses e dissertações nas regiões Sul e Sudeste do Brasil (2008-2016)

AUTOR(ES)
FONTE

Saude soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

07/10/2019

RESUMO

Resumo As atuais políticas de educação especial buscam garantir o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem de pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação na escola comum. Entre os estudantes considerados “público-alvo da educação especial”, encontram-se aqueles com o denominado “transtorno do espectro do autismo”. Este estudo objetivou analisar o estado do conhecimento sobre educação de pessoas com “transtorno do espectro autista”, a partir de teses e dissertações produzidas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil entre os anos de 2008 e 2016. A análise mostrou que o autismo é definido sob abordagens distintas, sendo a maioria orientada pelas explicações da área da medicina e vinculada a uma noção de déficit e prejuízos psicológicos e sociais. Observaram-se, ainda, trabalhos orientados por uma perspectiva crítica, que valoriza as condições educacionais, sociais e históricas de constituição do sujeito. Concluiu-se que, embora o conhecimento sobre o autismo ainda seja de domínio das áreas médicas, a emergência de pesquisas no âmbito da inclusão escolar permite a construção de formas de pensar o processo de escolarização que superam modelos exclusivamente médicos de olhar a diferença.Abstract Current special education policies seek to ensure people with disabilities, global developmental delay and high skills/giftedness access, permanence, participation and learning in the regular school. Among students considered to be “target audience of special education” are those with the so-called “autism spectrum disorder”. This study aimed to analyze the state of knowledge about autism spectrum disorders, based on theses and dissertations produced in the southern and southeastern regions of Brazil from 2008 to 2016. The analysis showed autism is defined using different approaches, most of them being guided by explanations in the medical field, linked to a notion of psychological and social deficit and impairment. Studies guided by a critical perspective, which values the educational, social and historical conditions of the subject’s constitution were also observed. One concludes that, although knowledge about autism is still in the domain of medical areas, the emergence of investigations in the scope of school inclusion allows the construction of ways of thinking the schooling process that surpasses exclusively medical models of looking at the difference.

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