E se Dona Violeta fosse uma mulher negra? Reflexões a partir de “O cuidado, os modos de ser (do) humano e as práticas de saúde”
AUTOR(ES)
Borret, Rita Helena do Espírito Santo
FONTE
Ciência & Saúde Coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
Resumo É possível discutir humanização em saúde sem dar centralidade para as expressões do racismo nos processos de adoecimento? Seria possível pensar práticas humanizadas de cuidado sem considerar o racismo estrutural e institucional na saúde? Uma resposta afirmativa para uma dessas perguntas reforça o vigente mito da democracia racial brasileira, que nos impede de reconhecer ou validar o quanto o racismo está presente em nossa sociedade e produz experiências desiguais de viver, adoecer e morrer para a população negra, que contabiliza mais de 56% da população brasileira. Neste artigo, procuro, em diálogo com a produção de Ayres sobre Projetos de Felicidade e saúde, refletir sobre a produção de cuidado em saúde no contexto brasileiro, considerando o racismo estrutural e o vigente mito da democracia racial na centralidade desta produção de cuidado. Enquanto instituição saúde e objetivando garantir saúde como direito à cidadania, deveríamos nos comprometer com projetos de felicidade ou viabilizar e apoiar projetos de emancipação e liberdade?
Documentos Relacionados
- O cuidado, os modos de ser (do) humano e as práticas de saúde
- PRÁTICAS DE CUIDADO, TECNOLOGIA E RELIGIOSIDADE: UMA ETNOGRAFIA EM CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA
- Cuidado, autocuidado e cuidado de si: uma compreensão paradigmática para o cuidado de enfermagem
- Modos de negra e modos de branca : o retrato "Baiana" e a imagem da mulher negra na arte do seculo XIX
- Reflexões sobre o cuidado de enfermagem e a autonomia do ser humano na condição de idoso hospitalizado