É o professor quem diz quando se fala? : a tomada de turnos de fala em atividades diferentes em uma turma de 1. série em educação bilíngüe
AUTOR(ES)
Rosa, Aline Paulino da
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
Esta pesquisa tem como objetivo investigar a sistemática de tomada de turnos empregada em duas atividades diferentes, a saber, a hora da rodinha e a contação de histórias, em uma sala de 1ª série de educação bilíngüe. Os conceitos teóricos e a fundamentação metodológica estão embasados na Análise da Conversa Etnometodológica (ACE) e na Microetnografia Escolar. O corpus da análise se constitui de cerca de 4 horas gravações audiovisuais realizadas em uma escola particular de Porto Alegre que possui um currículo de educação bilíngüe (português – inglês). Após a análise dos dados verificou-se uma diferença significativa quanto à organização da sistemática empregada nas duas atividades. Foi observada a livre tomada dos turnos pelos alunos e o conseqüente direcionamento da atividade durante a contação de histórias resultando em um gerenciamento mais local dos turnos de fala. Por outro lado, em função da natureza organizacional da atividade de hora da rodinha, constatou-se um controle mais rígido das auto-seleções e um acesso mais restrito ao piso conversacional gerenciado pela professora. Além disso, após a análise das interações em cada uma delas, verificou-se também uma maneira diferenciada de participação dos alunos corroborando a asserção de que há um movimento de mudança no padrão interacional esperado para esse cenário. A maneira pela qual os alunos tomam os turnos de fala, o teor de determinadas contribuições e algumas respostas dos professores para essas ações podem remeter a “um aparente caos”. Contudo, uma análise detida das interações revela um alto engajamento dos alunos e uma construção conjunta da participação durante as atividades propostas.
ASSUNTO(S)
sociolingüística lingüística aplicada bilingüismo língua portuguesa língua inglesa ensino de línguas ensino fundamental aprendizagem análise da conversação análise da conversa etnometodológica microetnografia escolar linguagem e línguas
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/10183/15319Documentos Relacionados
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