DUODENOPANCREATECTOMIA: PRÁTICA PADRÃO DO BRASIL
AUTOR(ES)
TORRES, Orlando Jorge M, FERNANDES, Eduardo de Souza M, VASQUES, Rodrigo Rodrigues, WAECHTER, Fabio Luís, AMARAL, Paulo Cezar G., REZENDE, Marcelo Bruno de, COSTA, Roland Montenegro, MONTAGNINI, André Luís
FONTE
ABCD, arq. bras. cir. dig.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-09
RESUMO
RESUMO Racional: A duodenopancreatectomia é um procedimento cirúrgico tecnicamente desafiador, com uma incidência de complicações pós-operatórias variando de 30% a 61%. O procedimento requer experiência de alto nível, e para minimizar complicações relacionadas à cirurgia uma padronização de alta qualidade é imperativa. Objetivo: Compreender o padrão da prática brasileira para duodenopancreatectomia. Método: Um questionário foi elaborado com a finalidade de obter uma visão geral da prática cirúrgica em câncer do pâncreas, treinamento específico e experiência em duodenopancreatectomia. O questionário foi enviado para cirurgiões com declarado interesse em cirurgia pancreática. Resultados: Um total de 60 questionários foi enviado e 52 retornaram (86,7%). A região sudeste foi a que mais respondeu, com 25 cirurgiões (48,0%). Apenas dois cirurgiões (3,9%), realizaram mais do que 50% das duodenopancreatectomia por videolaparoscopia. O procedimento clássico de Whipple foi realizado por 24 cirurgiões (46,2%) e a linfadenectomia padrão do Grupo Internacional de Estudo em Cirurgia Pancreática foi realizada por 43 cirurgiões (82,7%). Para a reconstrução, a pancreatojejunostomia foi realizada por 49 cirurgiões (94,2%), em alça única por 41 (78,9%), com anastomose do tipo ducto-mucosa por 38 (73,1%). O cateter transanastomose foi realizado por 26 cirurgiões (50%), reconstrução gástrica antecólica por 39 (75%) e enteroanastomose tipo Braun apenas por seis cirurgiões (11,5%). A drenagem abdominal profilática foi realizada por todos os cirurgiões e o uso de análogos da somatostatina por seis cirurgiões (11,5%). Nutrição enteral precoce no pós-operatório foi utilizada de rotina por 22 cirurgiões (42,3%) e 34 cirurgiões (65,4%), usaram sonda nasogástrica de rotina. Conclusão: Heterogeneidade foi observada na prática padrão da duodenopancreatectomia pelos cirurgiões no Brasil e, algumas delas em contraste com evidências estabelecidas na literatura.
ASSUNTO(S)
duodenopancreatectomia whipple técnica
Documentos Relacionados
- Duodenopancreatectomia: avaliação dos resultados em 41 pacientes
- Fístula pancreática após duodenopancreatectomia: correlação dos aspectos intra-operatórios e histologicos do pâncreas
- O valor da amilase, obtido precocemente nos drenos abdominais, é teste útil em prever a ocorrência de fístula pancreática após duodenopancreatectomia: lições aprendidas de um centro do Sul do Brasil
- O OBITUÁRIO DA DUODENOPANCREATECTOMIA COM PRESERVAÇÃO PILÓRICA
- Padrão de Substituição entre Carnes no Consumo Domiciliar do Brasil