Drácula, um vampiro vitoriano: o discurso moderno no romance de Bram Stoker

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Este trabalho pretende fazer a análise de alguns dos discursos historicamente constituídos pelo avanço da modernidade durante as últimas décadas do século XIX, tendo como eixo norteador das reflexões o livro Dracula de Bram Stoker, publicado em 1897. Através do romance de Stoker é possível vislumbrar traços culturais de um cientificismo triunfante em relação às noções de saúde, em especial no que tange ao sangue. Na década de 1880, o darwinismo social propôs aos ingleses a cobertura biológica para a teoria da degeneração hereditária, reforçando a posição da chamada idéia sanitária desenvolvida por Chadwick, encontrando sua expressão no controle de doenças e na degenerescência através da mistura do sangue. As teorias médicas investem no sangue como condutor dos gemmules termo adotado por Darwin significando grânulos -, que interferem no comportamento do corpo e da mente pela ação hereditária, assim a presença dos antepassados habilitaria o desenvolvimento de características como a disposição para o trabalho, a loucura, a promiscuidade, a mendicância, entre outros. Tema que traz preocupação à sociedade inglesa do período, sendo debatido por estudiosos como Galton, que inauguraria o conceito de boa linhagem para a sociedade britânica

ASSUNTO(S)

historia gra-bretanha -- historia -- vitoria, 1837-1901 noções de saúde sangue stoker, bram -- 1847-1912 -- dracula -- critica e interpretacao vampiros medicina -- gra-bretanha -- historia -- seculo 19 blood health knowledge

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