Dos mitos acerca do determinismo climático/ambiental na história do pensamento geográfico e dos equívocos de sua crítica: reflexões metodológicas, teórico-epistemológicas, semântico-conceituais e filosóficas como prolegômenos ao estudo da relação sociedade-natureza pelo prisma da idéia das influências ambientais / On myths around climate/environmental determinism in geographic thought history and mistakes of its criticism: methodological reflections, theoretical-epsitemological, semantic-conceptual and philosophical introduction of the study in relation to nature-society through environmental influence view

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

Na história do pensamento geográfico há um grande equívoco na maneira pela qual é concebida a teoria do determinismo geográfico/ambiental. Isso significa que o tema tem sido tratado sob estereotipada roupagem, empobrecendo a Geografia e difamando e subestimando inúmeros geógrafos, bem como suas obras e idéias. O primeiro grande objetivo é o de demonstrar a importância histórica, científica e filosófica da idéia das influências ambientais que subjaz ao determinismo ambiental, a inevitabilidade de sua existência enquanto hipótese básica, e a impossibilidade epistemológica de se negá-la como uma hipóteses básica da Geografia, com ênfase em alguns autores rotulados de deterministas, como Hipócrates, Montesquieu, Semple e Huntington. O segundo grande objetivo é realizar uma crítica da crítica, minando algumas generalizações e equívocos dentre tantos que historicamente têm permeado o temário geográfico, e explicar o emaranhado semântico, filosófico, conceitual e epistemológico do tema das influências ambientais sobre a esfera humana, com ênfase na falsa dualidade determinismo/possibilismo. Assim, deve ser concebida como não mais que um mero prolegômeno, essencial, todavia, ao estudo da relação homem-ambiente, e em particular, ao estudo da história do pensamento geográfico, da idéia das influências ambientais e do determinismo ambiental. Ao final da pesquisa foi possível demonstrar a insustentabilidade da suposta dicotomia entre a escola determinista e a escola possibilista; a confusão conceitual, semântica e filosófica dos textos que comentam os autores deterministas; a impertinência, a leviandade e imprecisão da crítica ao determinismo, baseada mais no rótulo criado do que nas idéias em si; a riqueza de idéias de autores como Huntington e Semple, o pioneirismo possibilista de Hipócrates e Montesquieu e outros autores; a importância do modelo de modos de narrativa e dos estratagemas erísticos de Schopenhauer para a análise textual dos autores deterministas e de seus críticos, culminando com a elaboração de vinte e dois problemas essenciais de pesquisa, lançados como propostas metodológicas e epistemológicas iniciais ao estudo da história da Geografia e de suas idéias

ASSUNTO(S)

clarence glacken clarence glacken climatologia climatology crítica ao rótulo determinismo ambiental determinismo geográfico edgar morin edgar morin ellen semple ellen semple environmental determinism epistemolgy and methodology epistemologia e metodologia falsa dualidade false antagonism geografia física geografia sócio-ambiental geographical determinism geographical thinking hipócrates hipócrates história das idéias history of ideas huntington huntington emaranhado semântico man-environment relationship montesquieu montesquieu lamaçal teórico-conceitual pensamento geográfico physical geography relação homem-meio relação sociedade-natureza schopenhauer schopenhauer semantic tangle theoretical and conceptual handicaps

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