Dormência e germinação de coquinho-azedo: substâncias inibidoras nos pirênios e morfoanatomia dos embriões e de plântulas

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/01/2011

RESUMO

Nas palmeiras, a dormência morfológica e as substâncias inibidoras da germinação são temas pouco estudados. Dessa forma, objetivou-se, com esta pesquisa, avaliar o efeito inibitório na germinação e a composição química de extratos do endocarpo e endosperma do coquinho-azedo, além de caracterizar, morfoanatomicamente, o embrião zigótico dessa espécie; relacionando-o à dormência morfológica e descrever aspectos indicativos da germinação e do desenvolvimento de plântulas. Foram preparados extratos do endocarpo e endosperma, utilizando três solventes em polaridades crescentes: hexano, acetato de etila e metanol. Os extratos foram aplicados em sementes de alface. Os constituintes químicos dos extratos metanólicos foram identificados por cromatografia gasosa, acoplada à espectrometria de massas. Verificou-se que o extrato metanólico do endosperma e endocarpo influenciou, negativamente, o crescimento do hipocótilo e radícula, porém não houve efeito dos extratos na porcentagem e no índice de velocidade de germinação, matéria fresca e seca da radícula e hipocótilo. As principais substâncias identificadas com potencial alelopático foram: os ésteres (Z)-octadec-9-enoato de metila, hexadecanoato de metila e os ácidos dodecanoico, decanoico, tetradecanoico, octanoico, (Z)-octadec-9-enoico, hexadecanoico, (9Z,12Z)-octadeca-9,12-dienoico. Os embriões de coquinho-azedo foram cultivados in vitro, retirando-os do meio em várias épocas para as análises morfoanatômicas. Os embriões apresentaram formato cônico, com 3,7mm de comprimento em média e possuem os seguintes tecidos meristemáticos: protoderme, meristema fundamental, procâmbio; plúmula e eixo hipocótilo-radícula diferenciados. Na região distal, observou-se o haustório, que se atrofia em meio de cultivo. Já no segundo dia de cultivo in vitro, observou-se aumento no volume das células, alongamento do eixo embrionário e início de diferenciação do primeiro eofilo. Do segundo ao quinto dia, verificaram-se o alongamento do pecíolo cotiledonar e a diferenciação do parênquima. No oitavo dia, ocorreu a protrusão da raiz. Já do décimo segundo ao décimo sexto dia, houve a emissão das bainhas. Sementes de coquinho-azedo foram semeadas em canteiros, sendo coletadas em fases distintas para descrição dos aspectos morfológicos da germinação. No cultivo em canteiro, acontece inicialmente o intumescimento do embrião, que desloca o opérculo, culminando com a emissão do pecíolo cotiledonar. Esse pecíolo alonga-se para formar uma estrutura aguda, por onde emergem a raiz e a primeira bainha. Posteriormente, ocorre a emissão da segunda bainha, do primeiro eofilo e raízes secundárias. Conclui-se que, a partir do segundo dia de cultivo, é possível verificar alterações anatômicas no eixo embrionário e que a dormência morfológica não é o fator preponderante para as baixas taxas de germinação do coquinho-azedo.

ASSUNTO(S)

ciências agrárias teses.

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