Dor, sombra, lucidez : leitura de Beijo na Boca iluminada pela trajetória poética de Cacaso e pelo éthos de sua geração / Pain, shadow, lucidity : Beijo na Boca s reading illuminated by Cacaso s poetic trajectory and by the ethos of his generation

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/06/2011

RESUMO

"Dor, Sombra, Lucidez" parte do livro de poemas Beijo na Boca (1975) para ler e atualizar a trajetória poética de Antônio Carlos Ferreira de Brito (1944-1987), o Cacaso. Se o processo de leitura supõe o desdobramento criativo do texto, Beijo na Boca ganha amplitude estética quando considerado no conjunto da produção de Cacaso e, também, das idéias de sua geração. Embora seus poemas sejam independentes e possam ser lidos separadamente, compõem uma espécie de poema único ou "poemão", que sintetiza vivências subjetivas e coletivas. Logo, optamos por uma forma analítica que, coerente com as propostas de Cacaso, leva em consideração, na leitura deste livro específico, sua trajetória criativa e o éthos de sua geração. Assim posto, esclarecemos que este trabalho ancora-se em três partes fundamentais. Inicialmente, recuperarmos a fortuna crítica de Cacaso e de sua geração, procurando analisá-la à luz do momento de produção. Na segunda parte, buscamos esclarecer o sentido da escrita coletiva ou "poemão", demonstrando os dilemas de uma geração impactada pela violência da história. A questão da marginalidade também será abordada, pois é fundamental entender que o modo de publicação - à margem do sistema editorial - nem sempre está vinculado à ausência de qualidade estética. Recursos lingüísticos, partilhados pelos escritores, são elucidados, à luz de alguns poemas. Em suma, nesta parte tratamos de tentar entender o éthos desta geração. Finalmente, percorremos a trajetória poética de Cacaso procurando nela situar Beijo na Boca: seja pela ênfase de suas diferenças ou pela busca de semelhanças entre os livros. Se a escolha do mote amoroso distingue o poeta dos demais de sua geração, também pode ser artimanha estética. Será que essa lírica desencantada consegue desafi(n)ar o "poemão"?

ASSUNTO(S)

poesia brasileira poesia marginal brito antonio carlos de brazilian poetry marginal poetry

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