Dor física e desesperança em adolescentes escolares

AUTOR(ES)
FONTE

BrJP

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dor física e a desesperança podem ser fatores de risco para a saúde e gerar impacto biopsicossocial na adolescência. Pesquisas sobre tais fatores em adolescentes ainda são escassas. O objetivo deste estudo foi analisar aspectos relativos à dor física e à desesperança em uma amostra de adolescentes escolares. MÉTODOS: Os dados foram coletados em duas escolas, com a aplicação de dois instrumentos: Multidimensional Pain Assessment Scale, e Beck Hopelessness Scale. Foi empregada a regressão logística para análise de fatores associados com a dor física e com a desesperança. RESULTADOS: Foram incluídos 270 adolescentes. Houve prevalência relevante de dor leve 88,1% e intensa 90,90% e de desesperança moderada 11,1% e intensa 5,6%. No modelo de regressão logística multivariada, a localização da dor nas costas e a dor crônica estiveram independentemente associadas com a desesperança grave definida como uma pontuação entre 14 e 20 na Beck Hopelessness Scale. Adolescentes que reportaram dor nas costas e dor crônica apresentaram respectivamente 2,07 (IC95%: 1,04-4,14) e 2,01 (IC95%: 1,03-3,93) vezes mais chance de apresentarem desesperança grave. Já no modelo dos fatores associados com a presença de dor, adolescentes do sexo feminino apresentaram 3,87 vezes mais chance de ter dor (OR: 3,87; IC 95%: 1,74-8,60). CONCLUSÃO: A maior ocorrência de dor em adolescentes do sexo feminino e a associação entre aspectos específicos da dor e a presença de desesperança indicaram a existência de grupos prioritários para as ações de cuidado em saúde.

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