Doppler-guided hemorrhoidal artery ligation with rectal mucopexy technique: initial evaluation of 42 cases
AUTOR(ES)
Rotta, Carlos Mateus, Moraes, Fernando Oriolli de, Varella Neto, Araripe Fernandez, Rotta, Thereza Cristina Ariza, Gregório, João Vitor Antunes Marques, Jacomo, Alfredo Luiz, Martinez, Carlos Augusto Real
FONTE
J. Coloproctol. (Rio J.)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-12
RESUMO
O tratamento da doença hemorroidária (DH) pelas técnicas convencionais cursa com significante morbidade principalmente relacionada à dor pós-operatória e ao considerável tempo de afastamento do trabalho. A técnica de desarterialização hemorroidária transanal guiada por doppler (DHGD) associada à mucopexia retal é uma opção cirúrgica menos invasiva que vem sendo utilizada como método alternativo com objetivo de reduzir esses inconvenientes. OBJETIVO: Analisar os resultados iniciais com a técnica da DHGD associada à mucopexia retal no tratamento da DH. MÉTODO: Foram estudados 42 pacientes, portadores de DH de graus II, III e IV submetidos à técnica da DHGD, durante o período de dezembro de 2010 a agosto de 2011. Onze pacientes (26%) apresentavam DH do grau II, 21(50%) do III e 10 (24%) do IV. Todos os pacientes foram operados pelo mesmo cirurgião, sob anestesia raquidiana e sempre utilizando o mesmo equipamento e técnica para realização do procedimento. Os 42 pacientes foram submetidos à desarterialização de 6 ramos arteriais seguida de mucopexia retal por sutura contínua. Nove necessitaram remoção concomitante de plicomas perianais. No pós-operatório, foram avaliados os parâmetros: dor, tenesmo, sangramento, prurido, prolapso, perda de muco e recidiva. O seguimento médio foi de quatro meses (um a nove meses). RESULTADOS: O tenesmo foi a queixa pós-operatória referida por 85,7% dos pacientes, seguida da dor 28,6%, ardor perianal 12,3%, perda de muco e formação de hematoma perianal 4,7%. Dois pacientes apresentaram sangramento pós-operatório de maior intensidade necessitando hemostasia cirúrgica, sendo que em um houve necessidade de reposição sanguínea. Noventa e cinco por cento dos pacientes declararam-se satisfeitos com o método. CONCLUSÃO: A técnica da DHGD, apesar de apresentar complicações semelhantes a outros métodos cirúrgicos, apresenta bons resultados com pouca dor pós-operatória, possibilitando retorno rápido ao trabalho. Estudos com maior número de casos e tempo de seguimento mais prolongado ainda são necessários para avaliar a recidiva tardia.
ASSUNTO(S)
hemorroidas hemorroidas ligadura ultrassonografia doppler
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