Doente Mental: Sexualidade Negada? / Mental Sick: denied sexuality?

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1996

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi identificar as Representações Sociais dos profissionais enfermeiros, expressas nas situações em que a sexualidade do doente mental constitui um fato evidente, nas instituições prestadoras de assistência psiquiátrica. O recurso técnico-metodológico foi construído a partir das contribuições dos procedimentos projetivos, denominado Técnica de Investigação em Situações Cotidianas - T.S.C. O instrumento foi composto de dezesseis pranchas contendo reproduções gráficas da atuação cotidiana desse profissional, das quais utilizou-se somente seis, para a análise da sexualidade do doente mental. Dezessete enfermeiros que trabalham em hospital psiquiátrico de Ribeirão Preto fazem parte da amostra. Através de sua manifestação discursiva, verificou-se que o profissional enfermeiro nega a sexualidade do doente mental, circunscrevendo-a ao rol dos desvios, transgressões e doença (entre outros), na medida que para ele constituem de fato atos ilegítimos. Ao negar, adota uma posição de afastamento, em atitude ora repressiva, ora não repressiva e/ou defensiva. Tal posicionamento revela a estratégia adotada sobre esse saber e poder, na qual cumpre as determinações do seu estatuto profissional e vai de encontro às expectativas institucionais e sociais.

ASSUNTO(S)

professional nurse profissional enfermeiro social representations representações sociais doente mental procedimentos projetivos sexualidade humana human sexuality sick mental projective procedures

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