Diversidade genética entre isolados brasileiros de Macrophomina phaseolina, avaliada por RAPD
AUTOR(ES)
Almeida, Álvaro M. R., Abdelnoor, Ricardo V., Arias, Carlos A. Arrabal, Carvalho, Valdemar P., Jacoud Filho, David S., Marin, Silvana R. R., Benato, Luís C., Pinto, Mauro C., Carvalho, Cláudio G. P.
FONTE
Fitopatologia Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-06
RESUMO
Macrophomina phaseolina é considerado como um dos fungos mais prevalecentes em infecções radiculares de soja, no Brasil. Nenhuma fonte de resistência genética foi ainda encontrada. Além disso, nenhuma informação foi obtida quanto à variabilidade genética deste patógeno, em regiões tropicais. Cinqüenta e cinco isolados de raízes de soja (Glycine Max), obtidos de diferentes regiões geográficas, foram analisados por RAPD para avaliação da diversidade genética. Análise de agrupamento (UPGMA), utilizando 74 loci, permitiu identificar três grupos, com uma média de 99%, 92% e 88% de similaridade genética, respectivamente. Os três grupos correspondem a 5,45%, 59,95% e 34,6% de todos os isolados utilizados. Apenas uma planta estava infetada por três diferentes haplotipos, enquanto 10,9% de todas as plantas estavam infetadas por haplotipos pertencentes a dois diferentes grupos. Em outro estudo a similaridade genética foi determinada entre isolados originários de diferentes hospedeiros [soja, sorgo (Sorghum bicolor), girassol (Helianthus annuus), caupi (Vigna unguiculata), milho (Zea mays) e trigo (Triticum aestivum)] e de duas amostras de solo de áreas virgens. Os resultados mostraram que isolados mais divergentes são oriundos de áreas com monocultura. Amplificação da região ITS produziram apenas um fragmento com 620 pb. Nenhum dos isolados foi diferenciado quando o produto amplificado por PCR foi digerido com enzimas de restrição. Os resultados demonstram a existência de variabilidade genética entre os isolados brasileiros de M. phaseolina e mostram que uma única raiz pode ter mais de um haplotipo. Além disso, a rotação de cultura induz menos diversidade genética entre os isolados. O conhecimento dessa variabilidade pode ser útil na seleção de genótipos resistentes à podridão de carvão.
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