Distribuição temporal e desenvolvimento inicial de Moenkausia cf. gracilima (Lucena & Soares, 2016) (Osteichthyes, Characidae) no alto rio Paraná, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Limnol. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/12/2017

RESUMO

Resumo Objetivo: Analisar a distribuição temporal de larvas e juvenis e o desenvolvimento inicial de Moenkhausia cf. gracilima. Métodos Foram amostrados trimestralmente vinte e cinco estações distribuídas na planície de inundação do alto rio Paraná entre agosto de 2013 e maio de 2015. As coletas foram na subsuperfície, no período noturno, utilizando redes de plâncton com malha 0,5 mm. Em laboratório, as amostras foram triadas, identificadas e separadas em períodos larval (pré-flexão, flexão e pós-flexão) e juvenil. Resultados Foram capturados 248 indivíduos, sendo a maioria na Lagoa Saraiva, sugerindo que todo o ciclo de vida desta espécie aconteça neste ambiente, e que o período reprodutivo ocorre entre dezembro e abril, uma vez que larvas em pós-flexão foram encontradas até maio. A ocorrência de juvenis entre fevereiro e maio indica provável desova parcelada. Entre os 95 indivíduos utilizados na descrição ontogênica, 82 eram larvas e 13 juvenis. As larvas podem ser caracterizadas pela pigmentação irregular na região superior da cabeça, na boca e no corpo, aumentando ao longo do desenvolvimento; lobo superior da nadadeira caudal mais pigmentado do que o inferior, só visível em larvas em pós-flexão; boca em posição terminal, abertura anal localizada anteriormente à região mediana do corpo e número total de miômeros variando de 34 a 40 (15 a 20 pré e 16 a 23 pós-anal), enquanto os juvenis apresentam características semelhantes ao adulto. O número de raios das nadadeiras é: P. 11-16, V. 7-11, D, 9-11 e A. 21-23. Conclusões De acordo com a distribuição dos períodos de desenvolvimento, é possível concluir que esta espécie se reproduz no verão, de preferência em lagoas. A análise do crescimento indicou alterações importantes na morfologia larval (metamorfoses) que podem estar associadas às características ecomorfológicas da espécie. A separação morfológica das larvas de M. cf. gracilima de outras larvas de caracteres pequenos, especialmente nos estágios de preflexão e flexão, pode ser complicado pela sobreposição de traços, sugerindo o uso de outras variáveis, principalmente morfométricas, para a separação das espécies.

ASSUNTO(S)

peixes ictioplâncton ontogenia characidae reprodução

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