Distribuição espacial da mortalidade por acidente cerebral vascular e fatores socioeconômicos nos distritos da cidade de São Paulo, Brasil / Spatial distribution of stroke mortality and socioeconomic factors in the districts of the city of São Paulo, Brazil
AUTOR(ES)
Angelita Gomes de Souza
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
03/05/2012
RESUMO
INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda causa de mortalidade e a principal causa de incapacidade no mundo. Muitos fatores de riscos estão associados ao AVC, sendo o principal a hipertensão arterial. Vários estudos também mostraram a associação de um baixo status socioeconômico com altas taxas de mortalidade pelo AVC. O presente estudo teve como objetivo analisar a distribuição espacial da mortalidade por AVC na cidade de São Paulo de acordo com os fatores socioeconômicos. MÉTODOS: Estudo realizado nos 96 distritos da cidade de São Paulo no período de 2006 a 2008. Foram analisadas taxas de mortalidade por AVC em ambos os sexos. Os fatores analisados foram % de indivíduos com escolaridade nível superior, % domicílios com três pessoas ou mais morando na residência e % de indivíduos das classes D e E em cada distrito. Aplicou-se a metodologia de agrupamento K-means para análise da distribuição da mortalidade por AVC de acordo com os fatores socioeconômicos e uma regressão linear com heterocedasticidade corrigida para avaliar a relevância de cada fator. RESULTADOS: As médias das taxas de mortalidade por AVC foram mais elevadas nos homens xx (72,7/100.000 habitantes) comparados às mulheres (48,9/100.000 habitantes). O agrupamento A possui os distritos com melhores condições socioeconômicas (51,3% possuem escolaridade superior, 47,3% moram com três pessoas ou mais, 3,23% pertencem a classe D e E) enquanto que os grupos D e E incluem distritos com piores condições socioeconômicas localizados nas áreas mais periféricas. As taxas de mortalidade por AVC foram mais elevadas no grupo E, tanto no sexo masculino (82,7/100.000 habitantes) quanto no feminino (60,2/100.000 habitantes). A regressão linear em ambos os sexos mostrou que o modelo aplicado foi adequado com r² ajustado de 0,64 para homens e 0,70 para mulheres, sendo que a escolaridade superior e três pessoas ou mais habitantes na mesma residência foram significativos (p<0,001, para ambos). CONCLUSÃO: A mortalidade por AVC apresentou uma distribuição diferenciada na cidade de São Paulo com maior mortalidade nas regiões mais pobres e periféricas mostrando uma relação inversa com o status socioeconômico
ASSUNTO(S)
acidente cerebral vascular análise de cluster cidade de são paulo city of são paulo cluster analysis fatores socioeconômicos mortalidade mortality socioeconomic status stroke
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