Distribuição diamétrica, espacial e regeneração natural de andirobeiras (Carapa spp.) na floresta de várzea da APA (Área de Proteção Ambiental) da Fazendinha, Macapá-AP.

AUTOR(ES)
FONTE

2010.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

O objetivo geral deste trabalho foi estudar, por diferentes métodos de amostragem, a regeneração natural das andirobeiras na Área de Proteção Ambiental (APA) da Fazendinha e analisar a estrutura horizontal das árvores adultas, visando subsidiar o plano de manejo da Unidade. O presente estudo foi desenvolvido em uma área de várzea de 136,59 ha, localizada no Distrito da Fazendinha, município de Macapá-AP (00°03?04,24?S e 51º07?42,72?W). Foram lançados 3 transectos perpendiculares à margem do rio Amazonas, distanciados entre si a cada 500 m, para orientar no direcionamento e localização das árvores. Todas as andirobeiras adultas foram mapeadas, marcadas e inventariadas, anotando-se a circunferência a altura do peito (CAP), e o número da árvore. Para a estimativa da regeneração natural foram lançados três sistemas de amostragem: o primeiro foi realizado em uma faixa contínua ao longo do transecto, no limite de 2,5 m para cada lado do mesmo. O segundo sistema foi realizado por amostragem aleatória de 30 matrizes andirobeiras adultas, seguindo raio concêntrico de 50 m a partir do tronco. No terceiro, foram lançadas ao longo de cada transecto 10 parcelas de 10 x 25 m. Foram mensurados todos os indivíduos com DAS (diâmetro a altura do solo) < 5 cm e altura superior a 50 cm. Referindo-se à distribuição diamétrica, o número de classes foi definido pela aplicação da fórmula de Sturges e foi testado o ajuste da distribuição dos diâmetros das andirobeiras ao modelo exponencial de Meyer. Foi calculado o quociente q de De Liocourt, tanto para a frequência observada quanto para a estimada. Calculou-se o índice de Morisita, variância média e índice de agregação para se inferir sobre a distribuição espacial. O efeito da distância do rio sobre as variáveis respostas, densidade, média da altura, diâmetro das plântulas e densidade de adultas foi testado por meio da análise de regressão. Para comparação dos diferentes métodos de amostragem, realizou-se análise não paramétrica seguindo Kruskal-Wallis. Foram encontradas 680 andirobeiras adultas e 277 regenerantes na área total amostrada, gerando densidade de 5 adultos e 10 regenerantes por hectare. Quanto à distribuição diamétrica, foram geradas 9 classes de diâmetro com 11 cm de amplitude, sendo que o coeficiente de determinação para o modelo exponencial foi de 0,94 e o quociente q=2,11. Os índices utilizados mostraram que a distribuição espacial das andirobeiras adultas ocorre de forma agregada. A variação na densidade de regenerantes nas parcelas e as médias da altura e DAS sob as matrizes em função da distância do rio foram significativas, porém com baixa correlação. A comparação entre os métodos de amostragem da regeneração só não apresentou diferenças significativas para a densidade. A estrutura diamétrica das andirobeiras mostra que a população não está senescente (mais indivíduos jovens que adultos). O quociente q mostra que a estrutura diamétrica das andirobeiras não está balanceada, necessitando-se fazer um manejo adequado da regeneração para que esta ingresse no estrato adulto e para que haja uma distribuição equilibrada dos indivíduos nas diferentes classes etárias da população.

ASSUNTO(S)

amapá amazônia brasileira Árvore angiosperma tamanho amostragem plântula estrutura vegetal inventário florestal

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