Distribuição das celulas de Schwann na junção neuromuscular de camundongos distroficos da linhagem mdx

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

O objetivo do presente trabalho foi verificar possíveis alterações no padrão de distribuição das células de Schwann nas junções neuromusculares de camundongos distróficos comparando-se com a distribuição observada em animais normais controle, desnervados ou não. Sabe-se que as células de Schwann induzem e guiam os brotamentos do terminal nervoso. Nos animais distróficos, os quais apresentam ausência de distrofina, bem como ciclos de degeneração-regeneração da fibra muscular, há aumento dos brotamentos intraterminais, sem lesão nervosa. Foram utilizados 10 animais distróficos mdx e 10 normais da linhagem controle C57BL/I0, com 14 (P14) e 60 (P60) dias, dos quais 5 foram desnervados. As células de Schwann e os receptores de acetilcolina (AChRs) foram marcados com anti-S 100-IgG-anti-rabbit-FITC erodaminaungarmona, respectivamente. Através da microscopia de fluorescência confocal observamos nos animais controles desnervados P60 (n = 100 junções) maior complexidade na distribuição dos prolongamentos das células de Schwann, conforme esperado. Em animais controle P14 (n = 536) o padrão de distribuição das células de Schwann e sua relação com os AchRs foram semelhantes aos animais distróficos P14 (n = 47), apresentando prolongamentos citoplasmáticos co-localizados, simples e contínuos ao longo dos braços dos AChRs. Em controle P60 (n = 237) os prolongamentos apresentam-se simples e contínuos ao longo dos braços dos AChRs, diferentemente no mdx P60 (n = 192), os prolongamentos encontram-se condensados e na porção distal fragmentados, no centro das ilhas de receptores. Estes resultados sugerem que as células de Schwann sofrem alterações que acompanham as do terminal nervoso, mesmo em ausência de lesão axonal, na fibra muscular distrófica

ASSUNTO(S)

anatomia junção neuromuscular citologia

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