Disfonia infantil: hábitos prejudiciais à voz dos pais interferem na saúde vocal de seus filhos?

AUTOR(ES)
FONTE

Revista CEFAC

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/10/2011

RESUMO

OBJETIVO: verificar hábitos prejudiciais à voz referidos por crianças disfônicas e por seus respectivos pais e mães e compará-los com dados obtidos de um grupo controle, constituído por crianças sem alterações vocais e seus respectivos pais e mães. MÉTODO: investigou-se 28 crianças disfônicas, com idade entre 6 e 12 anos e seus pais (Grupo de Estudo - GE) e 22 crianças sem alterações vocais, com a mesma faixa etária, e seus respectivos pais (Grupo Controle - GC). As vozes foram classificadas em "alteradas" e "não alteradas" por meio de análise perceptivo-auditiva com amostra da fala espontânea.Todos responderam a um questionário sobre fatores prejudiciais à voz. Para análise dos resultados foram aplicados os testes de comparação de duas proporções (p<0,05). RESULTADOS: verificou-se que as crianças do GE apresentaram significantemente mais os hábitos: falar com esforço, falar sem descansar e imitar vozes. Os pais do GE relataram significantemente mais hábitos de: pigarrear, gritar, falar junto com os outros, além de viver em ambiente de fumantes. As mães do GE apresentaram significantemente mais hábitos de: falar com esforço, falar em ambiente ruidoso e falar muito rápido. Viver em ambiente familiar ruidoso foi significantemente mais relatado por crianças, pais e mães do GE quando comparados aos do GC. CONCLUSÃO: independentemente de fatores que possam justificar a disfonia, crianças disfônicas e seus pais e mães relataram maior ocorrência de hábitos prejudiciais à voz e viver em ambiente familiar ruidoso do que crianças sem alterações vocais e seus respectivos pais e mães.

ASSUNTO(S)

distúrbios da voz criança relações familiares hábitos disfonia

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