Disfagia após fundoplicatura total laparoscópica: válvula com a parede gástrica anterior ou posterior?

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Gastroenterol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-06

RESUMO

ContextoA ocorrência de disfagia grave após fundoplicatura total laparoscópica representa atualmente um importante fator associado à perda da qualidade de vida em pacientes submetidos a esta modalidade de tratamento para doença do refluxo gastroesofágico.ObjetivosComparar a incidência e avaliar as possíveis causas da disfagia grave pós-operatória em pacientes submetidos à fundoplicatura total laparoscópica (FTL) sem liberação dos vasos gástricos curtos utilizando apenas a parede gástrica anterior (FTL à Rossetti) ou as paredes gástricas anterior e posterior (FTL à Nissen).MétodosAnálise de dados de 289 pacientes submetidos à FTL sem liberação dos vasos gástricos curtos no período de janeiro de 2004 a janeiro de 2012, com acompanhamento mínimo de 6 meses. Os pacientes foram divididos em Grupo 1 (FTL à Rossetti – n = 160) e Grupo 2 (FTL à Nissen – n = 129).ResultadosA incidência global de disfagia grave pós-operatória foi de 3,11%, sendo 4,37% no grupo 1 e 1,55% no grupo 2 (P = 0.169). A necessidade de tratamento cirúrgico da disfagia foi de 2,5% no grupo 1 e 0,78% no grupo 2 (P = 0.264). Em todos os pacientes reoperados após FTL à Rossetti foram observadas distorções das válvulas que podem responder pela ocorrência de disfagia, ao passo que no paciente submetido à reoperação após FTL à Nissen nenhuma alteração foi observada.ConclusõesA incidência global de disfagia grave pós-operatória não apresentou diferença entre as duas técnicas relatadas. A FTL à Rossetti foi associada a distorções estruturais das válvulas que podem justificar a disfagia, fato não observado após FTL à Nissen.

ASSUNTO(S)

refluxo gastroesofágico fundoplicatura transtornos de deglutição

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