Direitos da natureza e deveres religiosos: tensões entre a ecologia católica e movimentos ambientalistas seculares

AUTOR(ES)
FONTE

Relig. soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/10/2019

RESUMO

Resumo: Para cavar um nicho na discussão pública sobre o meio ambiente, cujo surgimento e propagação foram alheios à interferência de qualquer religião, os líderes da Igreja Católica vêm formulando desde o papado de Paulo VI uma concepção ecológica própria, que tem como fundamento a conexão de aspectos físicos da crise ambiental com o diagnóstico de uma degradação moral. A natureza “agredida” não é só a que está “fora”, mas a que está “dentro” do ser humano. Partindo de sentidos e diagnósticos diferentes, essa ecologia católica acaba colidindo, em diversos aspectos, com postulados dos movimentos ambientalistas seculares. Este artigo procura mapear a formação dessa visão ecológica a partir do núcleo oficial católico, analisando sociologicamente os seus pontos de tensão com outras concepções ambientalistas.Abstract: To find a place in public discussion about the environment, whose emergence and propagation were alien to the interference of any religion, Catholic Church leaders have been formulating their own ecological conception since the papacy of Paul VI. This conception is based on the connection of physical aspects of the environmental crisis with the diagnosis of a moral degradation. The “corrupted” nature is not only “outside” but “inside” the human being. Starting from different diagnoses and meanings, this Catholic ecology ends up colliding, in many aspects, with postulates of secular environmental movements. This article aims to map the formation of this ecological vision from the Catholic official nucleus, analyzing sociologically its points of tension with other environmentalist conceptions.

Documentos Relacionados