Dinâmica populacional de Rhipicephalus sanguineus (Latrielle, 1806), em Belo Horizonte, Minas Gerais

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O objetivo deste estudo foi caracterizar a dinâmica populacional do Rhipicephalus sanguineus no município de Belo Horizonte, Minas Gerais, no período de agosto de 2006 a julho de 2007. Foram realizadas coletas mensais de ínstares de R. sanguineus em 12 cães adultos, pertencentes à nove residências, localizadas nos distritos sanitários Norte e Venda Nova do município. No momento da coleta, questionários foram aplicados aos proprietários para obter dados referentes ao parasitismo humano pelo ixodídeo e considerações, sobre o manejo dos cães, que poderiam interferir na dinâmica populacional do R. sanguineus. Todos os estágios do ciclo biológico do ixodídeo foram encontrados nos cães durante todos os meses e foram constatados três picos na população total, sugerindo que o R. sanguineus realiza três gerações por ano em cães de Belo Horizonte. O total de carrapatos colhidos foi de 7.318, dos quais 5.422 eram adultos, sendo que a infestação apresentou três picos: outubro, março e julho. O total de ínstares imaturos (larvas e ninfas) encontrados parasitando os cães foi de 1.896, sendo 744 larvas e 1.152 ninfas. Foram observados quatro picos na população de larvas (agosto, novembro, janeiro e abril ) e quatro picos na população de ninfas (agosto, fevereiro, abril e junho). O mês de agosto, foi o período em que foram coletados o maior número de ínstares e o mês de maio o menor. Considerando o total de ixodídeos colhidos, a taxa de infestação foi significativamente maior (p<0,05) no inverno e no outono, em relação a primavera e o verão. Os principais sítios de fixação do carrapato foram: pescoço, membro anterior, axila, peito, tórax e dorso até a inserção da última costela. Pelo questionário verificou-se que não houve relato de parasitismo em seres humanos durante o período experimental. Neste trabalho, também foi determinada a taxa de infestação por carrapato em 2.848 cães que freqüentaram o setor de banho e tosa de uma clínica veterinária, localizada no distrito sanitário de Venda Nova. Foi constatado que 7,8% dos cães que freqüentaram o setor de banho e tosa tinham carrapatos, sendo que no inverno e no outono a taxa de infestação foi significativamente maior (p<0,05) se comparado com primavera e verão. Cães machos e animais de pêlo longo foram significativamente (p<0,05) mais notificados quanto à presença de carrapatos

ASSUNTO(S)

relação hospedeiro-parasito teses parasitismo teses carrapato teses

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